Com apoio do vereador André Fraga (PV), a exposição Salvador 2100, que mostra áreas de Salvador submersas por causa do aumento do nível do mar, ganhou uma temporada extra no museu Eugênio Teixeira Leal, no Pelourinho. A mostra, que estava em cartaz no espaço durante a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), ficará disponível para visitação gratuita de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, até o dia 25 de novembro.
“Isso é resultado do sucesso que a exposição Salvador 2100 fez durante a Flipelô. Recebemos um retorno positivo de estudantes, professores e até turistas que passaram pelo Pelourinho e viram áreas como a praia do Porto da Barra, o Mercado Modelo e a Ilha dos Frades totalmente alagadas por causa do aquecimento global”, diz André Fraga, que é presidente da Comissão Especial de Emergência Climática e Inovação da Câmara de Vereadores de Salvador.
A exposição é organizada pela comissão junto às redes internacionais C40, Fundação Konrad Adenauer, GIZ, ICLEI e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Projeções
Quem for à mostra vai conferir fotos aéreas de 15 locais de Salvador seguidas de projeções de como esses espaços ficarão com o aumento do nível do mar. Entre os locais retratados estão pontos turísticos famosos, como o Rio Vermelho, e até trecho do Sistema Ferroviário do Subúrbio de Salvador, desativado para a construção do VLT do Subúrbio.
As projeções feitas são de acordo com o cenário previsto pela agência Climate Central, considerando uma elevação do nível do mar de 55 centímetros em 2100, o que vai ocorrer caso a temperatura média do planeta aumente em 1,5ºC, de acordo com Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC).
“Essa é uma previsão até otimista, pois, caso o planeta fique 3ºC mais quente, o aumento do nível do mar vai ser de mais de 1 metro, ocasionando muitas outras perdas para a cidade”, explica a arquiteta e curadora da exposição, Manuela Accioly.