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Vereador Renato Freitas, do PT. Foto: CMC
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terça-feira 10 de maio de 2022 às 06:46h

Vereador de Curitiba recebe mensagem racista: ‘Volta pra senzala seu negrinho’

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O vereador Renato Freitas (PT) disse ter recebido, em seu e-mail oficial da Câmara de Curitiba, uma mensagem racista. O texto, que supostamente teria sido encaminhado pela conta do também vereador Sidnei Toaldo (Patriota), dizia: “Volta para a senzala”, e tinha outras ofensas, como mostrou o site Brasil de Fato.

“A Câmara de vereadores de Curitiba não é seu lugar, Renato. Volta para a senzala. E depois de você vamos dar um jeito de cassar a Carol Dartora e o Herivelto”, diz um trecho do e-mail, que finaliza dizendo: “vamos branquear Curitiba e a região Sul, queira você ou não. Seu negrinho.”

A mensagem, que tem o título “Mensagem para o vereador Renato”, também diz não temer Renato ou os “esquerdistas vagabundos que te defendem, seu negro”. O texto ainda sugere que a cassação do mandato do vereador petista é inevitável e não seria impedida pelo “advogadozinho de porta de cadeia”.

Toaldo é relator de um processo disciplinar no qual o petista é o alvo, e recentemente pediu a cassação de Renato Freitas. Para ele, Freitas teve atitudes “flagrantemente atentatórias ao decoro parlamentar”. O caso começou quando Renato Freitas participou de uma manifestação elos assassinatos de Moïse Kabagambe e Durval Teófilo Filho, organizada pelo Coletivo Núcleo Periférico, na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

Procurada pelo site Brasil de Fato, a assessoria de Toaldo garantiu que a mensagem não foi enviada “de dentro da Câmara e não saiu da caixa de mensagem do vereador.” Também garantiu que o vereador fará uma denúncia de crime cibernético para chegar ao IP do qual saiu o e-mail.

A Câmara Municipal disse que “até as 18h de hoje, não recebeu denúncia formal contra o suposto autor, nem de invasão das contas de e-mail, tampouco de ataque hacker ao provedor de e-mails do Legislativo”. Sendo assim, justifica que não há como determinar a autenticidade da mensagem, devido ao respeito à “inviolabilidade da comunicação pessoal dos parlamentares”.

“Isto só poderá ser feito ou por investigação interna devidamente motivada, ou por ordem judicial, cabendo aos envolvidos a iniciativa neste caso”, diz a nota.

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