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quarta-feira 5 de janeiro de 2022 às 15:54h

Vereador cobra plano de ação climática para enfrentar chuvas em Salvador

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A Bahia viveu em dezembro de 2021 as chuvas mais fortes dos últimos 32 anos, o que resultou em 25 mortes e 517 feridos confirmados até o momento. Para o vereador de Salvador André Fraga (PV), a situação poderia ser amenizada se o Governo do Estado tivesse desenvolvido um plano de ação climática para enfrentar desafios como esse, frutos da crise do clima.

“Passado o período mais crítico do caos enfrentado por mais de 100 cidades baianas em função das chuvas, refaço as perguntas que tenho feito na Câmara o ano inteiro: Quando o Governo do Estado irá desenvolver um plano de ação climática para enfrentar esses e outros desafios? Quando o Fórum Baiano de Mudança do Clima voltará a se reunir (há 10 anos parado)? Quando teremos um programa de pagamento por serviços ambientais que ajude a recuperar matas ciliares?”, questiona o André Fraga, que também é presidente da Comissão Especial de Emergência Climática e Inovação da Câmara Municipal de Salvador.

O vereador destaca que, segundo o próprio governador Rui Costa, essa foi a maior tragédia vivida na Bahia e serão necessários R$ 2 bilhões para reconstruir as casas e estradas destruídas no temporal. O custo é bem maior do que seria preciso para o Estado desenvolver um programa que incentive práticas ambientalmente corretas na Bahia, segundo o vereador, que também faz essa cobrança.

“Até Bolsonaro sancionou a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais, que recompensa quem protege a natureza e mantém os serviços ambientais funcionando. Já na Bahia, estamos há quase uma década sem regulamentação e implementação de uma política do tipo. E o resultado tá aí. Até o momento, 25 pessoas morreram e outras 517 ficaram feridas. Vamos encarar a raiz desse problema ou aguardar que outras tragédias ambientais se repitam?”, alerta.

André Fraga finaliza lembrando que a pobreza na Bahia será aprofundada por causa desses fenômenos climáticos. “Venho alertando repetidamente que as mudanças climáticas favorecem o surgimento de fenômenos extremos como esse e aprofundam a desigualdade. Afinal de contas, as pessoas mais pobres são as mais impactadas e as que têm mais dificuldade em se reerguer”, finaliza.

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