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sexta-feira 2 de junho de 2023 às 14:59h

Vereador Augusto Vasconcelos visita a Aesos Bahia

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O vereador e ouvidor-geral da Câmara Municipal de Salvador, Augusto Vasconcelos (PCdoB), visitou a Associação Educacional Sons no Silêncio (Aesos), entidade filantrópica fundada no ano 2000 e que busca a inclusão social e educacional da pessoa com deficiência, em especial, o cidadão surdo.

Durante a visita, na manhã de terça-feira (30), Augusto reforçou a necessidade da atuação do poder público em defesa da luta anticapacitista em todas as esferas da sociedade. Na oportunidade, o edil também informou que irá atuar para apoiar as demandas relatadas pela associação, com sede no Imbuí.

“A Aesos cumpre um brilhante papel na nossa sociedade, mas ainda é muito pouco. Temos poucos profissionais de educação ainda formados em Libras, temos pouca condição ainda nas escolas públicas, tanto na rede estadual como na rede municipal, de acolhimento às crianças que possuem surdez e outras deficiências”, disse ele, na sessão ordinária de terça-feira.

A Aesos atua com capacitação profissional para educadores, assim como na assistência social a familiares de PcDs, ao lado das secretarias municipal e estadual de Educação.

Combate ao capacitismo

O objetivo é desmistificar as ideias impostas pela sociedade em relação ao capacitismo, determinando que pessoas com deficiência são inferiores àquelas sem deficiência, tratando-as como anormais e incapazes, em comparação com um referencial definido como perfeito. Dizer, por exemplo, que alguém “é cego” por não cumprimentar outro alguém na rua ou que “deu mancada” por cometer um erro, são exemplos clássicos de capacitismo, como enumera o vereador.

“Existem muitas demandas apresentadas pela Aesos, mas nós fomos muito bem recebidos pela companheira Márcia Lemos, que é uma das diretoras do projeto, ao lado de Marleide Nogueira, que faz parte do movimento anticapacitista, das famílias que enfrentam essa realidade. Essa pauta da inclusão e da acessibilidade tem sido uma das nossas tônicas”, ressaltou Augusto.

O vereador cita a contribuição de pesquisas sobre o assunto. De acordo com dados da pesquisa Pessoas com Deficiência e as Desigualdades Sociais no Brasil feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 24% dos brasileiros têm algum tipo de deficiência.

Apesar disso, segundo uma pesquisa feita pelo Instituto Olga Kos, apenas 2,74% estão empregados, o que resulta em pelo menos 50 milhões de pessoas que possuem deficiência e podem sofrer discriminação por isso. Acabam sendo excluídas do mercado de trabalho, apesar da existência da lei de cotas.

Ainda segundo o instituto, apenas 14,4% dos PcDs vivem em municípios com existência de Fundo Municipal para os Direitos da Pessoa com Deficiência.

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