Primeiro vice-líder do PT na Câmara Municipal de Salvador, o vereador Arnando Lessa avalia como positiva a escolha da deputada federal e presidente do PSB na Bahia, Lídice da Mata, como coordenadora da campanha do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) à Prefeitura de Salvador.
Filiado ao PSDB nos anos 1990 e atualmente petista, o legislador chegou a ser líder do governo da socialista na capital entre 1993 e 1994. Para ele, a combinação tem a ver com a próxima eleição.
“Está todo mundo em 2024 pensando em 2026. Ninguém pode ser inocente nesse processo, né? Então, a presença de Lídice dá uma certa musculatura política e competência. Ela agrega à chapa de Geraldo Júnior. Eu acho que o governador está pensando na solução. Nós não temos que calçar sapato alto. Quem achar que a candidatura de Geraldinho é uma galinha morta, comete mais uma vez um erro”, disse Lessa, em entrevista ao Blog do Vila, ao comparar as campanhas vitoriosas de Jaques Wagner (2006), Rui Costa (2014) e Jerônimo Rodrigues (2022) ao governo do Estado, quando todos eram considerados “zebras”.
Em relação à indefinição sobre a indicação de quem postulará a vice-prefeitura, o vereador admite que seu ex-colega de CMS Moisés Rocha tem “se movimentado mais”, mas pondera a necessidade de expansão de eleitorado.
“Eu tenho defendido há muito tempo que necessariamente o vice de Geraldo tem que ser do PT. O professor Edvaldo Brito [PSD] fala hoje, e eu concordo com ele, que tem que ser alguém que amplie para algum segmento. Não é só uma questão de número ou de um nome. É uma questão de alguém que dialogue com uma parcela da sociedade que não esteja incorporada no projeto comandado por Geraldo Júnior, mas definida a coordenação da companheira Lídice da Mata, eu acho que o debate vai se afunilar”, apostou.
Na quinta-feira (25), Jerônimo deu pistas de que a candidatura a vice pode contemplar o conceito de ampliação, ao dizer que a escolha não necessariamente terá “a condição” de ser mulher e cogitou os setores “empresarial ou religioso”.
Arnando Lessa foi o entrevistado do programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM, na última sexta (26), e aprofundou ainda mais a discussão.