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A Veracel, empresa de celulose sediada em Eunápolis, investiu segundo o jornal Valor Econômico, cerca de R$ 20 milhões, em 2022, em 100 projetos que deram corpo à estratégia de transformação digital, modernizando a fábrica para que ela siga como ativo de classe mundial, em termos de eficiência, apesar de já ter quase 20 anos de operação. A Veracel é uma joint venture entre Suzano e Stora Enso.
Para 2023, a previsão é de mais R$ 5 milhões em investimentos nesse pacote, que visa a otimizar recursos a partir do uso de tecnologias que combinam inteligência artificial, coleta de dados e mobilidade, desde as operações florestais e industrial até o setor administrativo.
Um dos principais projetos da Veracel em curso neste momento é o de implantação de uma nova rodovia, a BA-658, e construção de uma nova ponte sobre o rio Jequitinhonha, mediante investimentos de R$ 95 milhões.
Embora haja espaço para futura expansão de capacidade, o foco por enquanto, segundo o diretor-presidente, Caio Zanardo, está na proteção do ativo atual. “Ter maior controle sobre as operações tem nos mostrado caminhos que não estavam visíveis e vemos oportunidades para mais captura de ganhos”, diz o executivo.
Um dos principais indicadores no processo de produção de celulose, o custo caixa da Veracel tem recuado também por causa desses projetos. Somente com a melhoria no forno de cal e substituição do gás natural como combustível, houve um ganho de quase R$ 8 por tonelada de celulose. O custo caixa da Veracel está consolidado nos números de suas acionistas e não é público.
Em 2022, a produção de celulose de eucalipto da Veracel deve ficar acima da capacidade nominal de 1,1 milhão de toneladas.
Na área florestal, a adoção de novas tecnologias possibilitou um aumento de 30% nas horas de colheita por meio de ganhos de eficiência. No viveiro de mudas, o uso de inteligência artificial e “big data” resultaram em 18% de melhoria de produtividade.
