A venda do Twitter para o homem mais rico do mundo pode colocar em xeque segundo Samuel Nunes, do Bastidor, o acordo feito pela plataforma com o TSE, o Tribunal Superior Eleitoral. Em fevereiro, a empresa firmou uma parceria com a Corte brasileira para combater a desinformação durante o período eleitoral.
A ideia era conter a disseminação de fake news e dar mais espaço ao jornalismo profissional e a agências de checagem de fatos e reduzir o alcance de publicações consideradas falsas ou ofensivas.
No início de abril, o Twitter lançou uma plataforma específica sobre as eleições no Brasil e divulgou uma nova política de integridade cívica. Segundo as novas diretrizes, os usuários ficariam proibidos de usar a rede para manipular ou interferir nas eleições ou outros atos cívicos.
A rede também havia anunciado conforme a publicação, que usaria etiquetas de identificação em contas de candidatos.
Musk, no entanto, sempre foi crítico das políticas que o Twitter passou a adotar contra a disseminação do discurso de ódio e notícias falsas. A rede passou a endurecer o cerco principalmente depois da invasão ao Capitólio, em 2021. À época, cinco pessoas morreram.
Na nota oficial que divulgou o negócio, Musk afirma que pretende abrir os algoritmos do Twitter “derrotar os bots de spam e autenticar todos os humanos”. No entanto, ele já se posicionou de forma contrária à moderação de conteúdos dentro da plataforma. Isso pode limitar o alcance efetivo das medidas acordadas com o TSE.