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segunda-feira 3 de abril de 2023 às 06:57h

Vencidos nas urnas, aliados de Lula encontram abrigo no segundo escalão

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que saíram derrotados das eleições de 2022 miram uma reabilitação política no segundo escalão do governo federal. As nomeações vêm contemplando apoiadores do presidente, do próprio PT e de siglas como MDB, PP e PSB, que aspiram à manutenção de influência em seus estados.

Os cargos de segundo escalão, especialmente as diretorias em autarquias e estatais, também são disputados segundo Bernardo Mello, do O Globo, por partidos da base do governo no Congresso e por parlamentares de siglas como PP e Republicanos, cujo apoio é cobiçado pelo Palácio do Planalto. Em alguns casos, a costura para acomodar apoiadores de Lula ultrapassou pretensões de diferentes grupos. Na última semana, após articulação de Paulo Okamotto, atual presidente da Fundação Perseu Abramo e um dos aliados mais próximos de Lula, o ex-deputado Carlos Melles apresentou sua carta de renúncia à presidência do Sebrae, abrindo espaço para que o petista Décio Lima assuma o comando da entidade no próximo dia 10.

O Sebrae é uma entidade autônoma, mas um terço de seus conselheiros representam órgãos do governo, que exerce influência em sua atuação. Okamotto, que presidiu o Sebrae no primeiro mandato de Lula, pressionou pela saída de Melles por sua proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro. A escolha de Décio Lima, que chegou ao segundo turno da última eleição ao governo de Santa Catarina, foi pensada por ser um nome do PT de um estado conhecido por reunir pequenos e microempreendedores com atuação no setor varejista e de vestuário, o que é foco da atuação do Sebrae.

— Quanto mais próximo desta realidade, melhor — resumiu Okamotto.

Outra tentativa de projetar um aliado de Lula em um cargo com impacto em sua base eleitoral ocorre no Ministério da Agricultura. O ex-deputado Neri Geller (PP-MT), que não conseguiu se eleger ao Senado, deve assumir a Secretaria de Política Agrícola, pasta responsável por suporte e incentivos a produtores rurais. Geller, cuja trajetória é ligada a entidades de classe do agro, já tem apadrinhado nomeações na estrutura da secretaria.

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