Natália Schincariol, ex-parceira de Luís Cláudio, o filho mais novo de Lula, irá depor à Polícia Civil de São Paulo nesta sexta-feira, (5) conforme noticiado pelo Globo.
Ela acusa Luís Cláudio de agressão física e assédio psicológico. Em resposta, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu medidas protetivas a Natália na terça-feira, 2 de abril, o mesmo dia em que ela registrou um boletim de ocorrência contra Luís Cláudio.
Luís Cláudio foi instruído a se afastar do apartamento onde morava com Natália e a manter distância dela, com quem teve um relacionamento de dois anos e meio.
No boletim de ocorrência, Natália afirmou que sofreu uma agressão física, uma cotovelada na barriga, no final de janeiro. Ela também mencionou a ocorrência de violência “verbal, psicológica e moral” que “vem aumentando com o tempo”.
As consequências das agressões teriam levado Natália a se afastar do trabalho por um mês “por causa do trauma” e a ser hospitalizada por “crises de ansiedade”.
Ela ainda afirmou que foi “manipulada e ameaçada para não denunciar as agressões, sob a alegação de que o agressor é filho do presidente e que possui influência para se safar das acusações”.
Segundo o boletim de ocorrência, Natália atribuiu a Luís Cláudio a seguinte declaração: “Ninguém vai acreditar em você, eu tenho poder e você não tem nada”, publicou o portal O Antagonista.
A defesa do filho de Lula nega as acusações e descreveu as declarações da médica como “inverídicas” e “enquadráveis nos tipos de delitos de calúnia, injúria e difamação, além de responder por danos morais”.
Durante a campanha eleitoral de agosto de 2022, Lula, que na época era o candidato presidencial do PT, fez comentários irônicos sobre a violência doméstica ao discutir a Lei Maria da Penha em um evento no centro de São Paulo.
Quer bater em mulher? Vá bater noutro lugar, mas não dentro da sua casa ou no Brasil porque nós não podemos mais aceitar isso”, disse o petista na ocasião.
Em março de 2023, já como Presidente da República, Lula retomou o assunto durante um compromisso oficial no Mato Grosso.
“Não é possível que tenha aumentado a violência contra a mulher. A mão de um homem foi feita para trabalhar, ou foi feita para fazer carinho, não foi feita para bater em mulher. Que canalha é esse, que tem coragem de levantar a mão para bater na sua mulher?”, disse na ocasião.
Os seguidores de Lula na esquerda sempre sustentaram a importância de confiar nos depoimentos de mulheres supostamente vítimas de abuso doméstico. Qual será a postura deles agora?