A verba é usada para despesas com passagens aéreas, combustível, alimentação, hospedagem, divulgação do mandato e manutenção de escritório político fora de Brasília
Segundo levantamento publicado pelo jornal Correio, o deputado federal Ronaldo Carletto (PP) lidera, até agora, o ranking dos cinco integrantes da bancada da Bahia na Câmara que mais gastaram recursos públicos por meio da cota parlamentar – usada para despesas com passagens aéreas, combustível, alimentação, hospedagem, divulgação do mandato e manutenção de escritório político fora de Brasília.
Ao todo, os custos de Carletto somaram R$ 197,3 mil no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento realizado no portal de transparência da Câmara. O segundo e terceiros lugares são ocupados por Uldurico Júnior (Pros) e Raimundo Costa, o Raimundo da Pesca (PL), respectivamente, com gastos de R$ 189,9 mil e R$ 185,5 mil. Em seguida, vêm Daniel Almeida (PCdoB), com R$ 180,8 mil, e José Nunes (PSD), cujas despesas totalizam R$ 178,4 mil.
Com R$ 177,4 mil de despesas contabilizadas na atual legislatura, o deputado Arthur Maia (DEM) ficou bem perto de entrar no top 5 dos gastadores conforme publicação do jornal.
Na outra ponta, a que inclui os políticos mais econômicos da bancada baiana em 2019, o primeiro lugar é ocupado pelo deputado federal Joseildo Ramos (PT), que utilizou R$ 68,7 mil da cota parlamentar, aproximadamente três vezes a menos que o campeão de gastos no ano.
Abaixo dele, estão outros que menos gastam, Charles Fernandes (PSD), com R$ 78,4 mil, seguido por João Roma (PRB) e Zé Neto (PT), respectivamente, terceiro e quarto colocados, com R$ 83,9 mil e R$ 86,5 mil. Completa o ranking Dayane Pimentel (PSL), que usou R$ 89,4 mil de fevereiro até a última segunda-feira (10), ainda de acordo com o site da Câmara.
Três outros deputados da Bahia apresentaram despesas abaixo dos R$ 90 mil: Lídice da Mata (PSB), Pastor Sargento Isidório (Avante) e Leur Lomanto Júnior (DEM). Ao todo, os 39 membros da bancada consumiram R$ 5,32 milhões da cota parlamentar.
O jornal lembrou na publicação que o valor não contempla os repasses referentes ao auxílio-moradia pago para quem não utiliza apartamento funcional disponibilizado pelo Congresso, salários dos próprios deputados e dos assessores que atuam seus gabinetes, bem como encargos sociais que incidem sobre a remuneração mensal.