A nova composição da Câmara dos Deputados em 2019 continuará sendo formada, em sua maioria, por homens, brancos, casados e com ensino superior. A idade média é de 49 anos. Já as mulheres têm entre 22 e 84 anos.
Dos 513 deputados federais eleitos, a proporção de mulheres continua muito inferior à de homens, apesar da participação delas na Câmara ter saído de 51 para 77, em uma comparação entre 2014 e 2018. Já os homens conseguiram 436 lugares na Casa, o que representa 85% das vagas, segundo levantamento feito pelo G1.
Sobre a etnia, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só possui esse tipo de informação a partir das eleições de 2014, só é possível fazer uma comparação dos dados de 2018 com a eleição anterior. Em 2014, 411 deputados federais se declararam brancos (80,1%), seguidos por pardos (81) e pretos (21). Nenhum eleito declarou ter como etnia indígena ou amarela naquelas eleições.
Já em 2018, o número de deputados federais que informaram serem pardos subiu para 104. Os pretos eleitos permaneceram em 21. Os negros (pretos e pardos) subiram para 125. No entanto, a maioria é de deputados brancos (75%). Além disso, há eleitos que se declaram indígena (1) e amarelos (2). A deputada indígena é a advogada Joenia Wapichaca, eleita pela Rede em Roraima. Da etnia amarela são Kim Kataguiri (DEM-SP) e Luiz Nishimori (PR-PR).
Comparando com os dados do 2º trimestre deste ano da Pnad Contínua, do IBGE, a proporção na Câmara é completamente diferente da encontrada na população, já que 55,9% dos brasileiros são negros, sendo 47,1% pardos e 8,8% pretos. A parcela que se declara branca corresponde a 43,1% da população. Apenas 1,1% se diz amarela ou indígena. Na questão do gênero, 51,8% são mulheres e 48,2% homens.
No quesito escolaridade, 415 dos deputados federais eleitos (80,9%) informaram ao TSE terem concluído o ensino superior. Os que afirmaram ensino médio completo somam 43 (ou 8,4% do total). Em seguida, estão os 37 (ou 7,2%) que declararam ter ensino superior incompleto. Emidinho Madeira (PSB-MG) é o único que declara que apenas “lê e escreve”. Tiririca (PR-SP) e outros quatro deputados federais eleitos informaram possuir ensino fundamental incompleto.