O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve no SENAI CIMATEC, na manhã desta segunda-feira (26), para apresentar as perspectivas da economia brasileira a uma plateia formada por mais de 400 empresários dos setores da indústria, comércio e serviços, agropecuária e transportes.
Guedes defendeu que o país teve sua estrutura econômica modificada a partir do governo Bolsonaro, dados os investimentos privados que o Brasil pactuou. “A partir dos novos marcos regulatórios, passou a entrar investimento privado. Temos encomendados quase R$ 900 bilhões. São dois planos Marshall”, avaliou, fazendo referência ao plano executado pelo governo dos Estados Unidos para a recuperação dos países aliados da Europa, nos anos seguintes à Segunda Guerra mundial.
De acordo com o ministro, o Brasil está indo bem melhor do que previam seus críticos. Ele afirmou que o governo criou 16 milhões de novos empregos nos últimos três anos e meio, ficando atualmente com uma taxa de desemprego inferior a 9%. “Precisamos fugir dessas narrativas políticas que prejudicam o país. O Brasil está condenado a crescer e vai crescer de qualquer jeito”, projetou.
Analisando o cenário mundial, Paulo Guedes ponderou que a pandemia da Covid provocou o fechamento dos portos, rompendo as cadeias produtivas do Ocidente, o que vai levar a Europa a negociar com países de maior proximidade geográfica e política. “O Brasil é um país amigo de todo mundo e está próximo da Europa. O começo foi difícil, mas mudou radicalmente a percepção dos europeus sobre o Brasil. O Brasil é, agora, a fronteira dos novos investimentos necessários à segurança alimentar, energética e ambiental do mundo”, cravou.
O ministro pontuou que uma de suas metas à frente do ministério é incentivar a instalação de novas indústrias. “Vamos reindustrializar o país”, garantiu. O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, afirmou que o setor está disposto a colaborar. “Queremos e devemos ser cúmplices para o desenvolvimento econômico e social deste país”
Para o presidente da Fetrabase e do Fórum Empresarial, Décio Barros, o encontro foi uma oportunidade para que empresários baianos tivessem perspectivas atuais sobre a economia do país. Ele aproveitou para elogiar as medidas de desoneração dos combustíveis. “Este esforço para diminuir a tributação que incide sobre os combustíveis se reverte num melhor equilíbrio para a economia brasileira”, disse.
Já o presidente da Fecomércio, Kelsor Fernandes, pediu mais atenção ao setor de serviços. “Nossa categoria foi a que mais sofreu na pandemia e é uma das mais penalizadas com impostos. Somos o setor que mais emprega e precisamos que se tenha um olhar diferenciado sobre a nossa atividade, com menos tributação e mais acesso a crédito”, pleiteou.