O acordo entre a Vale e o governo de Minas para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, foi finalmente firmado nesta quinta-feira (4) após dois anos da tragédia, que matou 270 pessoas. O valor acertado entre as partes foi de R$ 37,68 bilhões. Em torno de 30% dos recursos devem ser investidos em Brumadinho.
Inicialmente, o Estado e as instituições de Justiça tinham solicitado R$ 54,7 bilhões, sendo R$ 26,7 bilhões referentes a danos materiais e R$ 28 bilhões por danos morais coletivos. A primeira proposta da Vale foi de R$ 16,45 bilhões.
O acordo final firmado nesta quinta-feita (4), foi 32% inferior que o pedido no início das tratativas.
Entenda
A reunião desta quinta-feira (4) foi conforme o jornal Estado de Minas, a sexta audiência de conciliação desde outubro do ano passado.
Nesta quarta-feira (3), após a Vale informar que definiu os termos financeiros para as medidas de reparação aos danos socioeconômicos e socioambientalistas causados pelo rompimento, as ações da empresa subiram 4,3%.
Em Mariana, somente cinco anos após o rompimento da barragem de Fundão, a Advocacia-Geral da União, a Advocacia-Geral do Estado e a Procuradoria do Espírito Santo conseguiram definir na destinação dos quase R$ 1 bilhão para reparação dos danos provocados pela tragédia