O desenvolvimento de uma vacina comprovadamente eficaz contra as novas variantes do coronavírus deve demorar de 6 a 9 meses, segundo a farmacêutica AstraZeneca. Segundo a CNN, até o momento, um estudo preliminar mostrou eficácia contra a variante do Reino Unido, mas os resultados contra a cepa proveniente da África do Sul ainda não foram satisfatórios.
A informação sobre o estudo da vacina contra as novas variantes foi feita durante a apresentação dos resultados financeiros da AstraZeneca em 2020 nesta quinta-feira (11).
Segundo a AstraZeneca, os dados sobre a eficácia da vacina contra as novas variantes foram publicados na revista científica The Lancet, comprovando de maneira prévia o potencial do imunizante contra a variante B.1.1.7, que foi encontrada pela primeira vez no Reino Unido. O estudo, que ainda não foi revisado por pares da comunidade médica, é assinado por pesquisadores da Universidade de Oxford.
No Brasil, a vacina desenvolvida pela AstraZeneca/Oxford é distribuída pela Fundação Oswaldo Cruz, que também fará a produção do imunizante.
No entanto, pesquisadores da Universidade de Oxford anunciaram que uma análise primária dos testes contra a nova variante B.1.351, da África do Sul, mostraram que a vacina tem “eficácia limitada” contra casos graves de doença e até hospitalização causada pela cepa.
De acordo com a empresa, que desenvolve a vacina junto com a Universidade de Oxford, ambas estão focadas na adaptação do imunizante contra as novas cepas, mas que ainda trabalham nos estudos clínicos da vacina contra a Covid-19, com a expectativa de reduzir o tempo de produção em larga escala da vacina comprovada contra as variantes.
Os estudos com o imunizante da AstraZeneca e de Oxford continuam analisando “eficácia, efeito de diferentes intervalos entre as dosagens, impacto das novas variantes e duração da imunização da vacina”.
Segundo a AstraZeneca, a empresa continua a compartilhar dados dos estudos clínicos com outros órgãos reguladores e autoridades sanitárias em todo o mundo.