A Usina Coruripe, uma das principais companhias do setor sucroenergético, reportou nesta segunda-feira (27) conforme a revista IstoÉ, lucro líquido de R$ 417 milhões referente à safra 2021/22, aumento de 23% no comparativo anual e um novo recorde em meio às altas nos preços do açúcar e etanol que compensaram uma quebra na moagem.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado alcançou 1,08 bilhão de reais, valor acima do orçado para o período, de 1,06 bilhão, mas abaixo do montante de 1,13 bilhão de reais obtido no ciclo anterior.
O faturamento líquido da companhia foi de 2,987 bilhões de reais, um pouco abaixo dos 3,04 bilhões vistos na safra passada, mas ainda considerado positivo pela empresa diante da queda no volume de cana-de-açúcar processado, que se deu pela seca e geadas ocorridas no Triângulo Mineiro, onde estão localizadas quatro unidades da Coruripe.
O recuo na moagem foi de 9,9% em relação ao estimado e ficou 20,9% abaixo da temporada anterior, quando a companhia processou mais de 14 milhões de toneladas de cana.
Do volume total processado na safra 2021/22, 60,7% da matéria-prima foi destinada à produção de açúcar (4,7% cristal para o mercado doméstico e 56% açúcar tipo VHP para exportação) e 39,3% para a fabricação de etanol.
“O bom resultado na receita de vendas foi motivado, sobretudo, pela significativa valorização do açúcar equivalente: 20,9% no período. Destaque expressivo também para o preço do etanol, que subiu 56,2% em relação à safra anterior, compensando, assim, as quebras de produção que ocorreram devido às condições climáticas desfavoráveis.”
O presidente da Coruripe, Mario Lorencatto, afirmou em nota que a melhora de preços dos produtos também é decorrente de investimentos já realizados na operação, como irrigação, gestão de ativos e a aproveitamento de oportunidades.