domingo 22 de dezembro de 2024
Olheiros internacionais acompanham a emissão da zerésima pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — Foto: Reprodução/TSE
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domingo 2 de outubro de 2022 às 15:57h

Urnas passam em ‘teste de integridade’ feito com presença de observadores internacionais

DESTAQUE, ELEIÇÕES 2022, NOTÍCIAS


Representantes de missões de observadores internacionais acompanharam neste domingo (2) a realização do “teste de integridade” das urnas e também de emissão da “zerésima”, recibo eletrônico que mostra que o equipamento está com zero votos e apto a começar a operar. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou que o processo eletrônico de votação, que foi atacado por narrativas políticas nas vésperas da eleição, está sendo acompanhado de perto.

Antes mesmo de a votação começar em Brasília, de acordo com o TSE, o grupo acompanhou a emissão da zerésima nas seções eleitorais do Centro de Ensino Fundamental 03, no bairro Asa Sul, em Brasília. Entre 7h e 7h30 do dia da votação, todas as seções eleitorais devem imprimir o documento.

A zerésima é um relatório, uma espécie de extrato, em papel, que toda urna eletrônica necessariamente emite quando é ligada e que mostra que, na memória da urna, ainda não foi registrado nenhum voto antes de iniciada a votação, ou seja, que há zero voto, daí o nome: zerésima. Após a emissão, ela é assinada e colocada ao lado da porta da seção para transparência do processo.

Na escola visitada, os representantes puderam também acompanhar os primeiros eleitores que votaram e viram de perto como funciona a rotina de votação.

Durante a visita, Lorenzo Córdova, conselheiro presidente do Instituto Nacional Eleitoral (INE) do México, ressaltou que quando se discute avanços no processo eleitoral no mundo, a referência é sempre a urna eletrônica e o processo eleitoral do Brasil.

Os observadores acompanharam também o Teste de Integridade, realizado pelo Tribunal Regional do Distrito Federal (TRE-DF), em 14 urnas, na Câmara Legislativa, sorteadas no sábado.

O teste simula uma votação normal. Funciona assim: urnas que iriam servir para a votação real são sorteadas ou indicadas por partidos, na véspera, para serem submetidas ao teste, para comprovar que as condições de uso são perfeitamente corretas e, depois, devidamente substituídas.

Na data da votação, os votos anotados em células de papel (etapa realizada também na véspera da votação) são digitados num computador, e é feito então um batimento desses votos com o que é digitado na urna.

O processo é concluído às 17h, com a coincidência entre os votos digitados no computador e o boletim de urna emitido no final, demonstrando que a urna eletrônica reflete exatamente os votos digitados nela. Vale ressaltar que o Teste de Integridade é acompanhado por uma empresa de auditoria.

Amanhã, segunda-feira (3), no Hotel Windsor Plaza, em Brasília, haverá duas entrevistas coletivas de missões internacionais de observação. A primeira, às 10h30, será realizada pela missão da Rede de Organismos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (ROJAE-CPLP). A segunda, às 15h, será da União Interamericana de Organismos Eleitorais (UNIORE), que deverá divulgar seu relatório preliminar na ocasião.

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