Ao longo desta semana, Lula foi alertado sobre a dificuldade para compor uma base governista na Câmara dos Deputados. Nos primeiros cálculos de integrantes do partido, mesmo com o apoio de MDB, PSB e de parte da bancada de União Brasil, essa nova base teria, no melhor dos cenários, em torno de 310 parlamentares.
A bancada “puramente” petista terá, em 2023, 139 parlamentares. Estão nessa conta, partidos como o próprio PT, o PCdoB, Psol, PSB, PDT e Avante.
Com a possibilidade de entrega de um ministério ao Republicanos, o PT espera conseguir o apoio de pelo menos 20 parlamentares do partido da Igreja Universal. Os petistas acreditam que conseguirão ainda o endosso de 30 congressistas do União Brasil; no PSD são contabilizados 42 nomes.
Para conseguir apoio dessas siglas, o PT tem prometido pelo menos dois ministérios para União e PSD. O MDB, que reivindica três pastas, terá 42 deputados no ano que vem.
Além desses parlamentares, o PT também conta com pelo menos 40 integrantes da Câmara do PP, principalmente os da região Nordeste. Com isso, o partido teria condições de aprovar até mudanças constitucionais, mas os aliados de Lula têm sido alertados de que esses apoios não serão incondicionais.