A Unidade de Pronto Atendimento Clarice Borges – UPA 24h de Barreiras, participou nos dias 17 e 18 deste mês, a convite do Hospital Sírio Libanês, de um encontro em São Paulo, sobre o “Projeto capacitação para identificação e tratamento precoce da sepse nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)”. A UPA 24h de Barreiras, foi uma das primeiras 49 de todo o país, convidadas a comporem o primeiro ciclo do projeto. O Projeto sepse nas UPAs tem como objetivo principal reconhecer precocemente os pacientes com suspeita, e tratá-los no tempo ideal através dos pacotes de medidas clínicas, que por sua vez, possuem evidência demonstrada na diminuição da morbimortalidade.
Durante o encontro, a UPA 24hs de Barreiras foi representada pela enfermeira Carina Souza, que recebeu a premiação na presença dos representantes do Ministério da Saúde, Hospital Sírio Libanês e demais UPA’s presentes no evento, sendo contemplada com a primeira placa do projeto, representada pela cor vermelha e o troféu, referente aos avanços da equipe de enfermeiros da triagem, no processo de reconhecimento de pacientes com suspeitas de sepse.
O projeto sepse, desenvolvido pelo Hospital Sírio Libanês ganhou o 1° Lugar na categoria de projetos de impacto social,pelo Ministério da Saúde, sendo a UPA 24h Clarice Borges reconhecida nacionalmente pelos resultados obtidos em Barreiras, onde avançou mais três níveis, concluindo as quatro etapas propostas pelo projeto. Além disso, a UPA 24h Clarice Borges teve participação especial em dinâmicas do evento que abordou o tema “Psicologia da Mudança”, explanando a respeito dos aspectos primordiais que influenciaram e auxiliaram na capacitação de seus profissionais.
Em Barreiras, o Projeto sepse na UPA 24h Clarice Borges é composto pela coordenadora da Unidade de Pronto Atendimento, Keite Arcanjo, a coordenadora de enfermagem Luciana Barreto, a líder do projeto Carina de Souza, líderes técnicos Amanda Souza e Fernanda Coelho, o representante médico Jurandir Correa, a farmacêutica Rayane Azevedo, os enfermeiros representantes Patrícia Alencar, Patrícia Mascarenhas e Poliana Viana.
“Todo o avanço com a participação desse projeto traz uma enorme motivação diante do crescimento profissional. É muito evidente a dedicação de cada integrante da equipe e o quanto os resultados são vistos diariamente, e como vidas são salvas com o olhar atencioso desde o primeiro momento da entrada do paciente na unidade. Além do trabalho interno dos profissionais da UPA 24h Clarice Borges, contamos com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde e da gestão como um todo, para que pudéssemos obter ferramentas para o desenvolvimento do projeto com resultados tão importante e positivos”, disse a coordenadora da UPA 24h, Keite Arcanjo, afirmando que a equipe seguirá com todos os protocolos estabelecidos, buscando cada vez maiores avanços.
“A unidade mantém o compromisso com o Ministério da Saúde através de relatórios mensais. E a partir desse momento, a identificação precoce da sepse é um protocolo institucional de extrema importância e responsabilidade com a população de nosso município, para que possamos continuar salvando vidas. Salvar vidas representa a nossa satisfação e alegria profissional, pois esse é o maior propósito de atuarmos como profissionais da saúde”, finalizou.
Com essas ações e resultados do projeto, acredita-se que ele pode contribuir com o SUS por meio da criação de processos confiáveis e sustentáveis de saúde a nível secundário, além da promoção de conhecimento das equipes das UPAs com relação à conceitos básicos de qualidade, segurança do paciente, estratégias de comunicação e envolvimento do paciente e família no cuidado. Com isso, consequentemente, atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 3 – Saúde e Bem-Estar, conforme descrito pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O que é sepse?
A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção, mais conhecida pela população geral, por infecção generalizada. No Brasil, a taxa de mortalidade pela doença ainda é de aproximadamente 60%, sendo considerada superior à mortalidade em outros países semelhantes no mundo, que possuem taxa de aproximadamente 35%, e bem superior ao descrito em países desenvolvidos, com 20%.
A alta taxa de mortalidade se deve principalmente, à dificuldade de diagnóstico precoce pelas equipes assistenciais, determinando demora no reconhecimento e início do tratamento, que faz com que a maioria desses pacientes sejam tratados tardiamente em unidades de terapia intensiva (UTI), devido ao atraso no diagnóstico e transferência para setor hospitalar.