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domingo 6 de junho de 2021 às 11:54h

UNICEF sugere que pornografia pode ser positiva para crianças

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Um relatório recém-publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) causou revolta entre o mundo acadêmico e especialistas após sustentar que não há evidências de que crianças expostas à pornografia sejam prejudicadas.

O estudo feito em 19 países da União Europeia declara de acordo com o Pleno News, que qualquer esforço para impedir que crianças acessem pornografia online pode violar seus direitos humanos.

A conclusão do estudo alegou que 39% das crianças expostas à pornografia ficaram “felizes”, enquanto muitas outras ficaram indiferentes.

O objetivo da pesquisa, segundo seus organizadores, era compreender a aplicação de políticas públicas na proteção de crianças a conteúdos nocivos. O conteúdo foi publicado no site da Center For Family and Human Rights.

A vice-presidente e diretora do Instituto de Pesquisa do Centro Nacional de Exploração Sexual, Lisa Thompson, porém, chamou atenção para inúmeras pesquisas anteriores que já atestaram os efeitos prejudiciais da pornografia infantil.

– O relatório da UNICEF ignora todos os estudos que demonstram e comprovam os danos que a pornografia causa nas crianças. Ao ignorá-los, o UNICEF joga uma verdadeira “roleta russa” com a saúde e segurança das crianças – apontou a especialista, segundo informações do portal R7.

Outras pesquisas atestam que o consumo de pornografia é altamente viciante para jovens e adultos, pois seu conteúdo afeta o cérebro do mesmo modo que drogas como cocaína. Deve-se ressaltar também que há grande divulgação de sequestro de crianças e tráfico de drogas em sites pornográficos.

O relatório do UNICEF veio à público após a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional renovar a sua parceria com a entidade, adicionando 300 milhões de dólares (o equivalente a 1,5 bilhão de reais) em financiamento ao órgão.

Pornografia prejudica pensamento das crianças

Um estudo realizado pelo Comitê Britânico de Classificação de Filmes, responsável por indicar a classificação etária dos produtos audiovisuais na Grã-Bretanha, mostrou que a pornografia não apenas é facilmente acessada pelas crianças, como também faz mal para elas.

A pesquisa ouviu 1,1 mil crianças entre 11 e 17 anos em todo o Reino Unido. Os resultados mostraram que 29% dos participantes já se sentiram mal em relação ao próprio corpo após se compararem com os atores pornôs.

No Reino Unido, as pessoas podem ter sexo consensual a partir dos 16 anos de idade. Entre os jovens sexualmente ativos a partir dessa idade – portanto, em início de vida sexual – 18% reproduziram ou foram solicitados a reproduzir cenas vistas em filmes pornográficos.

Ademais, 30% desses adolescentes afirmaram que o sexo não corresponde às expectativas criadas pela pornografia.

Visão deturpada

O estudo realizado pela entidade britânica foi motivado pela impressão de que as crianças são influenciadas a iniciarem a vida sexual precocemente ao assistirem filmes pornográficos. Os resultados mostraram que, não apenas têm a iniciação pela idade, como também sofrem pressões para reproduzir o comportamento visto nos filmes.

“O acesso fácil à pornografia até a muitos jovens e crianças faz com que eles se tornem viciados. Porque a pornografia é altamente viciante. Estudos já foram feitos que comprovam que a pornografia tem o mesmo impacto viciante do que a cocaína e outras drogas”, explica. “A pornografia não tem nada a ver com a vida sexual real. Muito pelo contrário, pode ser algo extremamente agressivo, nocivo, que faz a mulher se tornar um grande objeto de uso apenas para o prazer sexual do homem. E são imagens que não podem ser apagadas da mente”.

Por isso, é importante proteger as crianças e adolescentes desse tipo de conteúdo. Embora seja de fácil acesso a qualquer pessoa, o jovem deve saber que aquilo não é bom. E, para isso, os pais são fundamentais na educação. Ou as crianças terão todos seus relacionamentos futuros prejudicados.

“Se a pessoa não buscar uma ajuda, uma reprogramação na sua mente sobre o sexo, aquilo vai guiar o seu comportamento dentro dos relacionamentos. Se é mulher ou se é homem não importa. A mulher vai querer reproduzir o que ela viu. O homem vai querer reproduzir o que ele viu”, conclui.

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