Alas do União Brasil divergem a respeito do nome a ser indicado para a vice do governador Rodrigo Garcia (PSDB-SP), candidato à reeleição.
O grupo de Luciano Bivar quer o que chama de um nome ‘raiz’, identificado com o núcleo duro do presidenciável. O economista Marcos Cintra tem sido apontado como possibilidade.
A ala egressa do DEM prefere o nome do médico Claudio Lottenberg, presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil) e do Conselho do Hospital Albert Einstein. Os deputados Alexandre Leite e Geninho Zuliani e a vereadora Sandra Tadeu também são cotados.
As duas alas refutam a noção de que a vice está reservada ao MDB. Eles dizem que, nesse cenário, o partido aliado poderia comandar sozinho o estado em 2026, com Ricardo Nunes na prefeitura, se reeleito, e o vice, já que Garcia deverá se afastar para concorrer a outro cargo. A equação é vista como injusta com o União Brasil.
O MDB propõe o nome de Edson Aparecido, ex-secretário municipal de Saúde, para a posição.
Como publicou a coluna Painel, da Folha, a questão tem desgastado a relação entre Garcia e Nunes. O prefeito entende que existia um acordo em que ele escolheria o nome, e ele já apontou Aparecido para a vaga.
Já Garcia tem dito que o acerto era com Bruno Covas (PSDB), que morreu em 2021, e não vale para seu sucessor. O ex-prefeito apontaria um nome que não colocaria barreiras à sua intenção de disputar o Governo de SP em 2026.
O desacerto tem gerado farpas. Aliados relatam um telefonema em que Nunes ouviu de Rodrigo Maia (PSDB), que participa das articulações políticas de Garcia, que a decisão final do vice ficaria para mais adiante. Respondeu então que a decisão final de seu apoio também virá depois.