quinta-feira 13 de março de 2025
Imagem: Reprodução
Home / DESTAQUE / União Brasil deve receber R$ 770 milhões do fundo eleitoral; veja cada partido
quinta-feira 3 de março de 2022 às 07:18h

União Brasil deve receber R$ 770 milhões do fundo eleitoral; veja cada partido

DESTAQUE, NOTÍCIAS, POLÍTICA


A um voto de ser validado pela maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em julgamento que será retomado hoje, o novo fundo eleitoral renderá cifras inéditas aos 32 partidos ativos no país, se confirmado. Com R$ 4,9 bilhões reservados no Orçamento, o fundo deverá pagar mais de R$ 770 milhões a um único partido: o União Brasil, fusão entre PSL e DEM formalizada no início do mês passado.

A Abradep (Associação Brasileira de Direito Eleitoral e Político) calculou a pedido do UOL os montantes a serem repassados a cada legenda, com base na divisão prevista em lei. A projeção mostra que o União Brasil, já nascido como a maior força do Congresso, terá direito a 15,73% do fundão, bem acima do segundo colocado: o PT, que deverá receber cerca de R$ 484 milhões, ou 9,89% do total.

Os valores a serem recebidos pelos partidos são aproximados, porque o montante destinado no Orçamento ao fundo eleitoral é ligeiramente maior que R$ 4,9 bilhões. A projeção é de autoria da advogada Carolina Lobo, especialista em direito eleitoral e membro da Abradep.

Veja quanto cada legenda deve arrecadar, segundo o cálculo:

  1. União Brasil – R$ 770,07 milhões (15,73% do total)
  2. PT – R$ 484,61 milhões (9,89%)
  3. MDB – R$ 356,72 milhões (7,28%)
  4. PP – R$ 338,59 milhões (6,91%)
  5. PSD – R$ 334,18 milhões (6,82%)
  6. PSDB – R$ 314,09 milhões (6,41%)
  7. PL – R$ 283,22 milhões (5,78%)
  8. PSB – R$ 263,62 milhões (5,38%)
  9. PDT – R$ 248,43 milhões (5,07%)
  10. Republicanos – R$ 242,06 milhões (4,94%)
  11. Podemos – R$ 187,67 milhões (3,83%)
  12. PTB – R$ 112,21 milhões (2,29% do total)
  13. Solidariedade – R$ 110,754 milhões (2,26%)
  14. Psol – R$ 97,51 milhões (1,99%)
  15. Pros – R$ 89,18 milhões (1,82%)
  16. Novo – R$ 87,71 milhões (1,79%)
  17. Cidadania – R$ 86,24 milhões (1,76%)
  18. Patriota – R$ 84,28 milhões (1,72%)
  19. PSC – R$ 79,87 milhões (1,63%)
  20. PCdoB – R$ 74,48 milhões (1,52%)
  21. Rede – R$ 68,11 milhões (1,39%)
  22. Avante – R$ 67,62 milhões (1,38%)
  23. PV – R$ 49,00 milhões (1%)
  24. PTC – R$ 22,54 milhões (0,46%)
  25. PMN – R$ 13,72 milhões (0,28%)
  26. DC – R$ 9,31 milhões (0,19%)
  27. PCB – R$ 2,94 milhões (0,06% do total)
  28. PCO – R$ 2,94 milhões (0,06% do total)
  29. PMB – R$ 2,94 milhões (0,06% do total)
  30. PRTB – R$ 2,94 milhões (0,06% do total)
  31. PSTU – R$ 2,94 milhões (0,06% do total)
  32. UP – R$ 2,94 milhões (0,06% do total)

Desequilíbrio

Nas eleições municipais de 2020, a verba dividida entre as siglas foi de R$ 2 bilhões. Na ocasião, as maiores fatias foram levadas pelo PT, com R$ 201 milhões, e o PSL, com R$ 199 milhões. Já em 2022, com o fundão turbinado, os dez maiores partidos do país receberão quantias superiores. Por outro lado, as seis menores siglas terão direito a menos de R$ 3 milhões cada uma.

O dinheiro do fundo eleitoral é repartido entre as legendas com base nos votos recebidos nas eleições gerais mais recentes e o tamanho das bancadas na Câmara e no Senado. O União Brasil, que chegou à marca de 81 deputados e sete senadores após a fusão, herda também o desempenho nas urnas alcançado pelo PSL em 2018, ano em que elegeu o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os números apontam que o novo valor do fundo vai aprofundar o abismo financeiro entre os partidos grandes e pequenos. O PT, por exemplo, verá sua fatia mais do que dobrar entre as eleições de 2020 e de 2022. O montante pago aos petistas passará dos R$ 201 milhões no último pleito municipal para cerca de R$ 484 milhões neste ano, um aumento de 140%.

O crescimento ocorrerá na mesma proporção para as siglas pequenas, mas os ganhos serão mais tímidos. Para as seis siglas menos expressivas nas urnas (PCB, PCO, PMB, PRTB, PSTU e UP), o valor de R$ 1,23 milhões pago nas eleições 2020 saltará para aproximadamente R$ 2,94 milhões com o reajuste no fundo.

Outro problema apontado por especialistas é a falta de regras para a divisão do dinheiro dentro de cada partido. Conforme a lei eleitoral, os critérios de distribuição interna são uma decisão das próprias legendas.

Veja também

Investimento em pessoas fortalece cultura empresarial da Cosan, além de impulsionar negócio

Em um mercado de trabalho dinâmico e competitivo, a retenção de talentos e o desenvolvimento …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!