Apoiadores da AfD protestaram em frente ao Parlamento em Berlim contra os altos peços e pedindo que país volte a comprar gás de Moscou. Durante marcha, manifestantes foram confrontados por contra manifestantes. Apoiadores do partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) se reuniram em frente ao prédio do Reichstag (o Parlamento alemão) em Berlim neste sábado (8) para protestar contra o aumento dos preços na Alemanha.
Em discurso durante o ato, o colíder do partido, Tino Chrupalla, acusou o governo alemão de travar uma guerra contra seu próprio povo ao concordar com as sanções contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia .
O protesto ocorre em um momento de aumento dos custos do gás natural e da eletricidade, em grande parte devido à redução e cortes feitos pela Rússia, em meio a tensões entre o Ocidente e Moscou.
Chrupalla pediu o fim das sanções contra a Rússia, acusando o ministro alemão da Economia, Robert Habeck, de declarar “guerra econômica” a Moscou, mas travar guerra contra a população alemã.
Chrupalla também criticou o Partido Verde, uma das três siglas que compõem a coalizão de governo e da qual Habeck faz parte.
“Não precisamos de um teto para os preços do gás. Temos que colocar um teto para os Verdes”, disse, referindo-se a uma recente decisão do governo de estabelecer um limite para os preços da energia para proteger consumidores e empresas.
Chrupalla afirmou que “o preço do gás se tornará normal novamente quando comprarmos gás barato da Rússia”. Para ele, importar gás dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos, como a Alemanha planeja fazer, é “moralmente suspeito”.
Manifestações contra a AfD
Após o protesto do lado de fora do prédio do Parlamento alemão, os manifestantes realizaram uma marcha pela capital alemã.
Contramanifestações ocorreram em vários locais da rota, organizadas por grupos contrários à postura anti-imigração da AfD e à ideologia da ultradireita.
Os organizadores dos contraprotestos dizem que a AfD está instrumentalizando o aumento dos preços de alimentos e energia para promover suas políticas.
Participantes do comício da AfD, que incluiu o lema “Nosso país em primeiro lugar”, foram vistos agitando não apenas bandeiras alemãs, mas também bandeiras russas e bandeiras da guerra imperial (Reichskriegsflagge), frequentemente usada como um símbolo de ultradireita.
Segundo estimativas da polícia, a manifestação contou com cerca de oito mil participantes. Apoximandamente dois mil policiais foram mobilizados para a segurança do ato.