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quinta-feira 25 de agosto de 2022 às 06:44h

Últimos leilões do ano podem somar R$ 22 bilhões em obras

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Governos estaduais e federal, na reta final de suas gestões, tentam tirar do papel segundo o jornal Valor, projetos de infraestrutura, apesar das dificuldades para atrair investidores. Até o momento, há cinco leilões marcados ainda para este ano, que poderão somar R$ 22 bilhões em obras.

A principal licitação, prevista para setembro, é a do lote de rodovias Noroeste Paulista, do governo de São Paulo, com investimentos estimados em R$ 10 bilhões. O Bloco 2 de rodovias do Rio Grande do Sul e um lote no Mato Grosso do Sul também estão agendados. Há, também, duas Parcerias Público-Privadas de saneamento no Ceará.

Desde o fim de 2021, uma combinação de desafios dificultou a atração de investidores aos diversos leilões de infraestrutura: juros altos, inflação elevada, incertezas políticas globais, ano eleitoral no Brasil e uma sobreoferta de projetos para um número limitado de interessado são alguns dos fatores citados por analistas. “O grande desafio é atrair novos operadores e novos fundos de investimento”, diz Cláudio Frischtak, da consultoria Inter. B. Para ele, as barreiras passam por questões que não se resolverão no curto prazo, como a perda do grau de investimento pelo país e a falta de credibilidade da política ambiental.

Há outros projetos que os governos ainda planejam licitar neste ano e com possibilidade de atrair ofertas, na visão do mercado. Para David Goldberg, da consultoria Terrafirma, a desestatização do Porto de São Sebastião (SP) poderá sair a tempo e tem gerado interesse. A licitação está em análise pelo TCU.

A relicitação do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) também poderá ser realizada em 2022.

O Ministério da Infraestrutura, por sua vez, planeja três concessões rodoviárias, como o projeto da BR-381, em Minas, com previsão de R$ 5,5 bilhões em investimentos. Entre analistas, há ceticismo quanto a esta licitação, muito pelo prazo apertado.  Com o Paraná, o governo federal ainda programa leiloar dois blocos de estradas, que somam cerca de R$ 15 bilhões em investimentos. Para Frischtak, há chances de saírem, embora haja entraves.

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