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segunda-feira 28 de fevereiro de 2022 às 12:06h

Ucrânia pede cessar-fogo em negociação com a Rússia; veja cronologia das tratativas

MUNDO, NOTÍCIAS


A Ucrânia entrou nesta segunda-feira (28) no quinto dia de invasão russa — com representantes de Kiev e Moscou reunidos em Belarus para discutir um acordo de paz entre os dois países.

É a primeira vez que eles se reúnem desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, na última quinta-feira (24/02) — mas as expectativas não são altas.

Antes da reunião, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que seu país queria um cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas do território ucraniano.

O Kremlin afirmou, por sua vez, que não anteciparia sua posição — os negociadores russos falaram apenas em fechar um acordo que seja do interesse de ambos os lados.

Mas o próprio Zelensky havia dito mais cedo não acreditar que as discussões produzam resultados. E declarou que as “próximas 24 horas serão cruciais” para o país.

Apesar das tropas russas estarem posicionadas a apenas 30 km da capital Kiev, a principal cidade do país ainda permanece nas mãos da Ucrânia.

O toque de recolher de dois dias na cidade foi suspenso na manhã desta segunda-feira, quando milhares de pessoas puderam deixar seus abrigos subterrâneos, como porões e estações de metrô.

Mas meia hora depois, as sirenes de ataque aéreo soaram, e elas precisaram voltar correndo.

A cidade de Chernihiv, no nordeste, enfrentou fortes bombardeios das tropas russas durante a noite — e um edifício residencial foi atingido por um míssil. A cidade permanece, no entanto, sob controle ucraniano.

Também foram registradas explosões nesta manhã em Kharkiv, no leste do país, onde dezenas de civis foram mortos e centenas ficaram feridos, segundo as autoridades ucranianas.

Anton Herashchenko, conselheiro do ministro do Interior de Kiev, escreveu no Facebook que as tropas de Moscou bombardearam áreas residenciais com mísseis Grad.

Edifício residencial em Kharkiv alvo de bombardeios
Um edifício residencial em Kharkiv foi alvo de bombardeios – Foto: Reprodução

Não é possível dizer neste momento exatamente quantos civis foram mortos até agora. A chefe de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, informou mais cedo que pelo menos 102 civis morreram, e outras 304 pessoas ficaram feridas.

“A maioria destes civis foi morta por armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo bombardeios de artilharia pesada e sistemas de multilançamento de foguetes e ataques aéreos. Os números reais são, eu receio, consideravelmente mais altos”, afirmou Bachelet.

O ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, disse que mais de 100 mil ucranianos se alistaram nas forças armadas.

Fumaça é vista nos arredores de Kiev após bombardeio à cidade no domingo (27/2)
Fumaça é vista nos arredores de Kiev após bombardeio à cidade no domingo (27/2) – Foto: Reprodução

O Conselho de Segurança da ONU tem uma reunião de emergência marcada para esta segunda-feira para discutir o conflito na Ucrânia.

Em paralelo, a União Europeia está tomando a medida sem precedentes de enviar armas para a Ucrânia, fechar o espaço aéreo para aeronaves russas e proibir os meios de comunicação estatais russos.

O rublo, a moeda russa, despencou, por sua vez, para uma nova mínima em relação ao dólar após as severas sanções impostas ao país.

Confira abaixo os principais da acontecimentos da véspera (27/02):

No fim do quarto dia de conflito na Ucrânia, o Estado-Maior General das Forças Armadas do país afirmou, por meio do Facebook, que o domingo (27/2) foi “difícil” para os soldados e que as tropas seguiam sendo “alvo de bombardeios em quase todas as direções”.

Relatórios sinalizam que militares russos tomaram a cidade de Berdyansk, no sul do país. Em Kharkiv, contudo, a segunda maior cidade ucraniana, o governo local declarou que os militares conseguiram recuperar o controle após ataque de tropas russas.

Em um post no Telegram, Oleh Synyehubov escreveu: “Controle sobre Kharkiv é totalmente nosso! As forças armadas, a polícia e as forças de defesa estão trabalhando e a cidade está sendo completamente varrida do inimigo”.

A situação permanece fluida e é difícil verificar de forma independente quem está controlando a cidade de fato. Alguns civis também disseram à BBC que Kharkiv está sob controle ucraniano e que o conflito nas ruas está diminuindo.

Também no domingo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que está colocando as forças nucleares do país em alerta máximo. E o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, aceitou um convite para enviar uma delegação diplomática para conversar com os russos na fronteira com Belarus.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, chegou a dizer que a capital estava “cercada” por tropas russas e que a retirada de civis da cidade era um desafio porque todas as rotas de saída estavam bloqueadas.

Após a repercussão da entrevista, dada à agência de notícias AP, Klitschko escreveu em um post no Telegram não ser aquela a situação: “Publicações russas na internet espalham informações atribuídas a mim de que Kiev está supostamente cercada e a evacuação de pessoas é impossível. Não acreditem em mentiras! Confie apenas em informações de fontes oficiais”.

A capital seguiu sob toque de recolher e a maioria da população procurou abrigo em porões e estações de metrô.

Entre outros acontecimentos de domingo, também estão:

  • O Conselho de Segurança das Nações Unidas anunciou uma reunião de emergência da Assembleia Geral da ONU para discutir a invasão russa à Ucrânia. Marcado para esta segunda-feira (28/2), o encontro deve reunir as visões dos 193 países-membros sobre o tema. A Rússia, que faz parte do Conselho de Segurança, votou contra a realização da reunião, mas, por conta de uma das resoluções da organização de cooperação internacional, o voto não teve poder de veto.
  • A União Europeia declarou que o continente está diante de uma crise humanitária de grandes proporções, estimando em até 7 milhões o número de pessoas desalojadas com a invasão do território ucraniano. “Estamos testemunhando o que pode vir a se tornar a maior crise humanitária no nosso continente europeu em muitos, muitos anos”, afirmou em coletiva de imprensa Janez Lenarčič, comissário europeu para ajuda humanitária e gerenciamento de crises. Segundo ele, estimativas preliminares apontam que 18 milhões de ucranianos podem ser afetados do ponto de vista humanitário e que cerca de 4 milhões deixem o país. Dados da ONU apontam que, até o momento, 368 mil pessoas entraram em nações vizinhas vindas da Ucrânia.
  • Em coletiva dada à imprensa do Guarujá, em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro declarou que o Brasil adotaria um posicionamento neutro no conflito, para evitar “prejuízos para o Brasil”. “O Brasil depende de fertilizantes”, declarou o presidente. Segundo o portal G1, Bolsonaro disse ter falado por duas horas ao telefone com Putin e afirmou que o povo ucraniano “confiou em um comediante”: “O comediante que foi eleito presidente da Ucrânia, o povo confiou em um comediante para traçar o destino da nação. Eu vou esperar o relatório da ONU para emitir a minha opinião”.
  • O Itamaraty informou que 80 brasileiros conseguiram até o momento sair da Ucrânia e entrar nos países vizinhos, especialmente Polônia e Romênia. “Ainda constam cerca de 100 brasileiros, registrados na lista da embaixada brasileira em Kiev, que permanecem em solo ucraniano”, afirma o comunicado divulgado na noite de domingo. Estima-se que, no total, haja 500 brasileiros no país. Ainda segundo o Itamaraty, há funcionários da embaixada brasileira em Chernivtsi, perto da fronteira ucraniana com a Romênia. “Diplomata da embaixada do Brasil na Romênia também se deslocou para a fronteira para auxiliar o traslado, em ônibus providenciado pela Embaixada, de brasileiros para a capital Bucareste.”
  • A Suécia anunciou o envio de 5 mil lançadores de mísseis antitanque, 5 mil coletes, 5 mil capacetes e 135 mil pacotes de ração militar à Ucrânia. Segundo a primeira-ministra do país, Magdalena Andersson, esta é a primeira vez que a Suécia manda armas para uma região em conflito desde a invasão soviética à Finlândia em 1939. A decisão se junta à de diversos outros países que se comprometeram com a remessa de ajuda militar aos ucranianos e ao comunicado feito pela União Europeia de que, pela primeira vez em sua história, compraria armamentos para entregar a uma nação em guerra.
  • Ao anunciar o fornecimento de armas à Ucrânia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também divulgou uma série de novas sanções contra a Rússia, entre elas o fechamento do espaço aéreo europeu para aeronaves do país, e contra a vizinha Belarus, considerada cúmplice da invasão russa.
  • Na Rússia, a polícia prendeu mais de 900 pessoas que protestavam contra a invasão da Ucrânia em 44 cidades, de acordo com dados divulgados por um grupo de monitoramento independente. O grupo OVD-Info diz que 4 mil manifestantes antiguerra foram detidos na Rússia desde que o conflito começou, há quatro dias. A BBC não conseguiu verificar de forma independente esses números. Os protestos de hoje coincidiram com o sétimo aniversário do assassinato do político da oposição e crítico de Putin, Boris Nemtsov.
  • O prefeito de Kiev disse que não há tropas russas na cidade. Vitali Klitschko disse que as autoridades “militares, policiais e de defesa territorial” estão “detectando e neutralizando sabotadores”. Em mensagem em seu canal Telegram no domingo, Klitschko disse que desde o início da invasão russa, nove civis morreram em Kiev, incluindo uma criança. As forças russas estão nos arredores da cidade desde sexta-feira, e há relatos de bombardeios e tiros na capital.
  • O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que conversou com o líder de Belarus, Alexander Lukashenko, mas não deu detalhes sobre o que foi discutido. Horas antes, a Rússia havia dito que uma delegação chegara a Belarus para abrir negociações com a Ucrânia. Mas Zelensky rejeitou a oferta, dizendo que as negociações em Minsk só poderiam ter sido possíveis se a Rússia não tivesse atacado a Ucrânia a partir do território bielorrusso.
  • O Papa Francisco fez um apelo pedindo o fim da guerra na Ucrânia. Em discurso na Praça de São Pedro, no Vaticano, ele disse: “Que as armas se calem. Deus está com aqueles que buscam a paz, não com aqueles que recorrem à violência”.
  • A Ucrânia divulgou uma estimativa de perdas russas que teriam sido provocadas pelos ucranianos até agora. A BBC não conseguiu verificar de forma independente essas alegações — e a Rússia não divulgou números de vítimas. Segundo post no Facebook da vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, os russos perderam: 4,3 mil soldados, 27 aviões, 26 helicópteros, 146 tanques, 706 veículos blindados de combate, 49 canhões, 1 sistema de defesa aérea Buk, 4 sistemas de lançamento de foguetes múltiplos Grad, 30 veículos, 60 veículos de abastecimento, 2 drones e 2 barcos.
  • O presidente russo, Vladimir Putin, agradeceu às forças especiais do país, destacando aqueles que estão “cumprindo heroicamente seu dever militar” na Ucrânia. Em discurso na TV, Putin elogiou o “serviço impecável [dos soldados] em nome do povo da Rússia e de nossa grande pátria”.
  • O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, está pedindo que a Rússia seja destituída de seus direitos de voto no Conselho de Segurança da ONU — alegando que as ações criminosas da Rússia na Ucrânia estão beirando o “genocídio”.
  • As autoridades da Eslováquia disseram que em 24 horas cerca de 10 mil pessoas entraram no país vindas da Ucrânia. Mais de 43 mil ucranianos fugiram para a Romênia nos três dias desde a invasão da Rússia; mais de 150 mil pessoas foram para a Polônia.
  • O subúrbio de Troyeshchyna, na capital da Ucrânia, foi alvo de um ataque com mísseis, segundo a agência de notícias Interfax. Vídeos e fotos publicados em redes sociais — e que foram verificados pela BBC — mostram fumaça saindo do pátio de um prédio residencial cercado por carros destruídos.

Em dias anteriores, esses foram alguns dos principais acontecimentos:

  • União Europeia, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos anunciaram a remoção nos próximos dias de “bancos russos selecionados do sistema de pagamentos Swift. “A medida vai garantir que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional e prejudicar sua capacidade de operar em nível global”, diz o texto. O sistema permite a transferência rápida e fácil de dinheiro através de fronteiras e seu uso para atingir a Rússia, discutido nos últimos dias, não era consenso entre os países.
  • Um funcionário do alto escalão do Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse à agência de notícias Reuters que comandantes russos têm se frustrado com o ritmo lento de avanço no território ucraniano e enfrentado dificuldades logísticas. Segundo a autoridade, Moscou não teria fornecido combustível suficiente para algumas unidades e comandantes têm tido de se adaptar. Vídeos compartilhados nas redes sociais neste sábado mostravam tanques parados em algumas áreas do país.
  • O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou à BBC News que seu país apoia as sanções impostas pela União Europeia à Rússia. Orbán era até então considerado um dos mais fortes aliados do presidente russo, Vladimir Putin, na Europa. Em visita à fronteira entre a Hungria e a Ucrânia, por onde refugiados ucranianos têm cruzado neste sábado, o premiê afirmou que todos os países europeus, incluindo a Hungria, condenam a invasão russa. “Este não é o momento de ser espero, é o momento de estarmos unidos. Trata-se de uma guerra, e temos que voltar às coisas como eram antes e restabelecer a paz”, declarou.
  • Alemanha suspendeu bloqueio para envio de armas à Ucrânia por meio de outros países. Na prática, a medida permite que a Holanda envie 400 lançadores de mísseis ao Exército ucraniano. A decisão marca uma mudança importante na postura alemã e poderia abrir espaço para um aumento da ajuda militar à Ucrânia vinda de outros países do continente. Isso porque uma parte das armas fabricadas na Europa são pelo menos parcialmente manufaturadas na Alemanha – o que significa que o país pode interferir na decisão de enviá-las a outras regiões.
  • Horas depois do anúncio por parte da Alemanha, a Holanda confirmou o envio de armas e, na sequência, a França informou que também enviaria armamentos à Ucrânia, além de combustível.
  • A polícia marítima da França apreendeu um navio de carga de bandeira russa suspeito de violar as sanções impostas por causa da guerra na Ucrânia. O navio Baltic Leader estava indo da cidade de Rouen, no noroeste da França, para São Petersburgo, na Rússia, com uma carga de carros novos. A imprensa estatal russa diz que a embarcação é de propriedade de uma subsidiária de um banco visado nas recentes sanções da União Europeia e dos EUA.
  • O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou que a velocidade do avanço russo diminuiu temporariamente, provavelmente como resultado de “dificuldades logísticas agudas e forte resistência ucraniana”.
  • Mais de 115 mil pessoas já cruzaram a fronteira da Ucrânia para a Polônia desde o início da invasão russa, disse o ministro do Interior polonês, Pawel Szefernaker. Só nas últimas quatro horas, 15 mil pessoas entraram no país.
  • O Ministério da Defesa da Ucrânia disse que derrubou um avião que transportava tropas russas para a Ucrânia, matando um grande número de paraquedistas russos. A BBC não verificou essas alegações de forma independente e o Ministério da Defesa russo ainda não comentou o assunto. Segundo o governo ucraniano, caças ucranianos Su-27 interceptaram um porta-tropas russo IL-76 MD no sábado. De acordo com as especificações divulgadas pelo fabricante, o avião pode transportar até 167 soldados, além de uma tripulação de 6 a 7 pessoas. “É uma vingança por Luhansk 2014”, escreveu o comandante das forças armadas da Ucrânia, tenente-general Valery Zaluzhny, no Facebook, referindo-se à queda de um avião ucraniano há oito anos.
  • O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou um novo toque de recolher para a capital ucraniana entre 17h e 8h, no horário local. A medida, em vigor a partir deste sábado, substitui um toque de recolher anterior das 22h às 7h, e deve durar pelo menos até segunda-feira. Klitschko alertou no Twitter: “Todos os civis nas ruas durante o toque de recolher serão considerados membros dos grupos de sabotagem do inimigo”.
  • O ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, diz que Moscou não precisa de laços diplomáticos com o Ocidente. Ele escreveu na rede social russa VK que é hora de “trancar as embaixadas”. Medvedev também condenou a suspensão da Rússia do Conselho da Europa, mas disse que isso é uma oportunidade para Moscou restaurar a pena de morte na lei russa.
  • O Ministério da Defesa da Rússia confirmou neste sábado (26/2) que capturou a cidade de Melitopol — no que foi descrito pela agência de notícias Reuters como o primeiro centro populacional significativo a ser tomado desde que a invasão da Ucrânia por Moscou começou na quinta-feira. Melitopol é uma cidade de tamanho médio, de 150 mil habitantes, localizada perto do principal porto ucraniano de Mariupol, na região sul da Ucrânia de Zaporizhzhya.
  • A embaixada do Brasil emitiu uma mensagem: “A Prefeitura de Kiev reforçou o pedido de que todos evitem deslocamentos no momento e procurem abrigo, em razão de ataques aéreos. Os metrôs continuam funcionando como abrigo.”
  • Os ataques russos à capital ucraniana, Kiev, encontraram resistência feroz, com militares ucranianos alegando terem reagido a vários ataques. Os militares disseram em um post no Facebook no início do sábado que uma unidade do exército conseguiu repelir as forças russas perto de sua base em uma importante rua da cidade.
  • Em um novo vídeo, o presidente Volodymyr Zelensky disse: “Não vamos baixar nossas armas. Vamos defender nosso Estado”.
  • Na madrugada de sábado (25), em horário local, foram registradas novas explosões em Kiev.
  • Ao menos 198 ucranianos foram mortos como resultado da invasão russa, disse no sábado (26/2) o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e mais de 1,115 ficaram feridos, incluindo 33 crianças.
  • O Tesouro dos Estados Unidos oficialmente sancionou o presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro de Relações Exteriores, Sergei Lavrov — tipo de retaliação rara contra representantes de governos estrangeiros (embora a lista já inclua Kim Jong Un, Alyaksandr Lukashenka e Bashar al-Assad). A União Europeia, Reino Unido e Canadá fizeram o mesmo anteriormente.
  • A Rússia, como esperado, vetou a resolução do Conselho de Segurança da ONU que condenava a invasão da Ucrânia. O país é um dos cinco com poder de veto no conselho. 11 países votaram a favor da resolução e houve três abstenções: China, Índia e Emirados Árabes Unidos. O Brasil mudou o tom e votou a favor da resolução que condenava o ataque russo. Com o veto da Rússia, um documento semelhante poderá ser enviado à Assembleia Geral da ONU, onde participam 193 membros, para uma votação
  • Volodymyr Zelensky, o presidente ucraniano, publicou um vídeo em que diz que os russos vão invadir Kiev nas próximas horas. “A noite será difícil, bem difícil, mas a manhã virá”. Ele disse que o “inimigo” tentará quebrar a resistência dos ucranianos. Zelensky também afirmou que “o principal objetivo é acabar com esse banho de sangue”
  • Um porta-voz do presidente Zelensky declarou que o país está disposto a um cessar-fogo e negociações de paz com a Rússia de forma imediata. Ele disse que estão ocorrendo discussões sobre dia e local para as tratativas. Moscou havia dito que exige primeiro a rendição das forças ucranianas.
  • Novas e várias explosões foram ouvidas nesta noite de sexta em Kiev. Uma estação de TV local anunciou a suspensão da programação. Explosões também foram relatadas em Donetsk, no leste do país
  • A Casa Branca anunciou que os EUA vão se juntar à União Europeia e ao Reino Unido e impor sanções a Putin e ao chanceler russo Lavrov. Segundo a porta-voz Jen Psaki, as medidas vão incluir a proibição de viagem para ambos
  • A organização Médicos sem Fronteiras, uma das últimas a permanecer em zonas de guerra, informou que teve que interromper suas operações na Ucrânia devido à escalada do conflito
  • O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou que cinco explosões foram ouvidas na capital ucraniana, incluindo uma próxima a uma central de energia. Ele disse que a cidade vive uma situação ‘ameaçadora’
  • A Ucrânia disse que 18 mil metralhadoras foram distribuídas à população
  • O presidente norte-americano Joe Biden e o ucraniano Volodymyr Zelensky conversaram nesta sexta por 40 minutos e discutiram sanções contra a Rússia e uma ajuda militar dos EUA à Ucrânia
  • O Reino Unido anunciou sanções contra o presidente russo Vladimir Putin e seu chanceler Sergei Lavrov
  • A Otan informou que vai posicionar mais tropas da aliança no Leste Europeu
  • O governo ucraniano disse que tropas russas estão logo ao norte de Kiev e tomaram posse do aeroporto Hostomel, que fica nas proximidades da capital
  • Para contrariar rumores de que havia fugido de Kiev, o presidente Zelensky postou um vídeo na cidade ao lado do primeiro-ministro
  • A Rússia afirmou que a entrada da Finlândia ou da Suécia na Otan detonaria uma séria resposta de Moscou
  • O Kremlin disse que a Rússia está pronta para negociações com a Ucrânia. O foco seria a Ucrânia se declarar “neutra”, que incluiria a “desmilitarização”, mas não há evidências de que a Ucrânia concordaria com esses termos.
  • Putin exortou os militares ucranianos a assumir o poder.
  • O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia instou a comunidade internacional a “mostrar solidariedade” impondo mais sanções à Rússia – e cortando relações com Moscou.
  • Fortes explosões e sirenes de alerta são ouvidas nesta sexta-feira no centro de Kiev, onde vivem 2,8 milhões de pessoas. Relatos apontam que as tropas russas já dominam partes da cidade e de seus arredores. Há diversas imagens de prédios residenciais destruídos em ataques.
  • Veículos militares ucranianos entraram em Kiev para defender a cidade contra a aproximação de tropas russas.
  • Desde o início da invasão, a Ucrânia vem tentando se defender da invasão russa a partir de três grandes frentes diferentes: norte, sul e leste, este palco dos combates mais violentos.
  • O Ministério do Interior disse que 18 mil armas foram entregues a voluntários, juntamente com instruções para fazer coquetéis molotov.
  • O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, divulgou um novo vídeo nesta sexta-feira em que dizia: “Estamos defendendo a Ucrânia sozinhos”, visivelmente decepcionado com a reação da comunidade internacional.
  • A União Europeia, a Austrália e o Japão anunciaram na sexta-feira novas sanções que miram bancos, empresas e oligarcas russos. Elas se somam às sanções anunciadas na quinta-feira (24/2) pelo presidente americano, Joe Biden, que seguem a mesma linha.
  • Muitos dos habitantes da capital ucraniana e Kharkiv se refugiaram em estações de metrô e abrigos subterrâneos (bunkers) por medo de ataques aéreos russos.
  • Zelensky informou ao fim do primeiro dia de guerra que pelo menos 137 cidadãos ucranianos — entre soldados e civis — foram mortos no primeiro dia do ataque militar russo. Mais de 300 pessoas ficaram feridas.
  • Há um êxodo em massa em curso na Ucrânia. Mais de 100 mil pessoas fugiram de suas casas e dezenas de milhares fugiram da Ucrânia desde o início da ofensiva russa, segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
  • O presidente francês, Emmanuel Macron, ligou para o colega Putin para pedir que ele interrompesse o ataque, numa conversa “franca, direta, curta”.
  • Nas cidades russas, milhares de pessoas protestaram contra a decisão do presidente Putin de ir à guerra contra a Ucrânia; centenas de manifestantes foram presos.
  • O objetivo da Rússia seria, segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, derrubar o governo do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e colocar um aliado no comando do país.
  • A mídia ucraniana divulgou como seria o suposto plano da Rússia para tomar a capital Kiev. Segundo fontes de contrainteligência ouvidas por jornalistas locais, a ofensiva prevê dominar pistas de pouso na cidade para desembarcar mais de 10 mil combatentes, causar pânico generalizado com sabotagem nas redes elétricas e de comunicação, forçar autoridades a assinar acordos nos termos exigidos pela Rússia e até a possibilidade de dividir o país em dois, como ocorreu no caso da Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental.

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