Pegar a estrada rumo a um destino no país é a opção de muitos na hora de planejar uma viagem. Em um movimento de interiorização do turismo, o uso de carro próprio e ônibus se tornou um meio para 74% dos brasileiros que farão viagens de lazer até março deste ano. A estimativa reforça a atual tendência dos viajantes em procurarem cidades menores para descansar e curtir as férias.
De acordo com os dados da pesquisa do Ministério do Turismo (MTur) “Tendências de Turismo”, que entrevistou 2.029 pessoas em uma amostra representativa da todas as Unidades da Federação, 64% das pessoas preferem destinos menos movimentados na hora de escolher seu roteiro. Belezas naturais, aliadas a bons preços também estão entre os principais fatores que os brasileiros consideram quando vão viajar.
Ainda segundo o levantamento, ônibus de linha convencionais são os preferidos por quem escolhe pelo modal. De acordo com a pesquisa, 29% dos viajantes irão utilizar ônibus como meio de transporte e 66% das viagens de ônibus serão feitas em linhas convencionais.
Para se ter uma ideia, a expectativa da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) é de que, apenas para o período pré-carnaval, o setor rodoviário aumente em mais de 50% as ofertas de horários nos primeiros 20 dias de fevereiro.
Hoje o setor interestadual atende mais 4.300 linhas com destinos interioranos – abarcando quase todo o Brasil – e realiza cerca de 137 mil viagens onde o destino final é o interior do Brasil. Isto representa 89% de todas as viagens realizadas.
Modernização
A indústria de viagens de ônibus tem se adaptado aos passageiros que estão mais exigentes e buscam conforto e segurança quando decidem pegar a estrada. O setor tem investido em frotas mais modernas, equipadas com ônibus leito, serviços de bordo e acesso Wi-Fi, oferecendo uma experiência mais completa aos turistas.
Metodologia
O levantamento “Tendências de Turismo” foi realizado pelo Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem (IPRI). As entrevistas foram realizadas entre 07 e 11 de dezembro de 2023.
Ao todo, foram 2.029 entrevistas domiciliares com cidadãos a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação. A margem de erro no total da amostra é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. O levantamento traz recortes com quotas de sexo, idade, região, escolaridade e renda.