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sexta-feira 28 de fevereiro de 2020 às 05:09h

Tudo sobre o coronavírus Covid-19: da origem à chegada ao Brasil

CURIOSIDADES, DESTAQUE, SAÚDE


O primeiro alerta do governo chinês sobre o surgimento de um novo coronavírus foi dado em 31 de dezembro de 2019. Na ocasião, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu um comunicado sobre uma série de casos de pneumonia de origem desconhecida em Wuhan, cidade chinesa com 11 milhões de habitantes. Desde então, esse novo coronavírus, que recebeu o nome técnico Covid-19, matou milhares de pessoas na China e se espalhou por cinco continentes. O Ministério da Saúde confirmou em 26 de fevereiro o primeiro caso de coronavírus no Brasil. Centenas de pacientes com suspeita da doença estão em observação no país.

Anunciadas em 9 de janeiro pela OMS e pelas autoridades chinesas, as primeiras análises sequenciais do vírus realizadas por equipes chinesas indicavam que esses casos de pneumonia se devia a um novo coronavírus. A primeira morte pelo coronavírus Covid-19 foi anunciada pelas autoridades chinesas em 11 de janeiro de 2020. Em 13 de janeiro, a OMS notificou o primeiro caso de uma pessoa infectada fora da China, na Tailândia: uma mulher com pneumonia leve que voltava de uma viagem a Wuhan.

O jornal Estado de Minas fez reportagem que mostra a cronologia do coronavírus Covid-19 revelando como foi sua rápida disseminação mundial, que pressionou a OMS a decretar decretou emergência de saúde pública de interesse internacional no fim de janeiro. A medida é tomada quando um evento com implicações para a saúde pública ocorre de maneira inesperada e supera as fronteiras do país inicialmente afetado, demandando uma ação internacional imediata.

Coronavírus é pandemia: entenda a origem desta palavra

Foi a sexta vez que a OMS adotou esse alerta mundial. As outras cinco ocasiões foram: H1N1 (2009); poliomielite (2014); ebola (2014); microcefalia associada ao zika (2016), devido à crise que se originou no Brasil; e novamente o ebola (2019).

Coronavírus chega ao Brasil

O aumento no número de casos de contaminações do coronavírus na Europa elevou o alerta das autoridades sanitárias em Minas Gerais, que trabalham com a possibilidade de uma “inundação de casos suspeitos no estado”. Minas investiga vários casos de pacientes com suspeita de coronavírus, alguns deles com viagens recentes para países como Itália e França. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) considera estar preparada para acompanhar os casos suspeitos de coronavírus em Minas.

O que são os coronavírus?

Os coronavírus são uma grande família de vírus que infectam principalmente animais
Mas podem causar também infecções em seres humanos, com sintomas semelhantes aos resfriados ou gripes leves
Pode levar a complicações respiratórias em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido
As infecções geralmente não são diagnosticadas por serem benignas, e se espera a cura instantânea
São transmitidos entre humanos por via aérea, contato com secreções ou objetos contaminados, principalmente no inverno
Dois coronavírus causaram epidemias graves e possivelmente mortais em humanos
A SARS, Síndrome Respiratória Aguda Grave foi responsável por uma epidemia mundial entre novembro de 2002 e julho de 2003
E a MERS, Síndrome Respiratória do Oriente Médio, identificada pela primeira vez em 2012
Em 2020 um novo coronavírus foi identificado na China
Os principais sintomas são febre, tosse e dificuldade para respirar, além de dores no estômago
As duas síndromes tiveram origem em morcegos, na época um animal intermediário
No caso da SARS, a origem foi o gato de algália, consumido por humanos na China. No caso da MERS, um dromedário

Ainda não existem medicamentos ou vacinas para combater esse vírus

Sintomas do coronavírus Covid-19

Febre
Tosse
Falta de ar e dificuldade para respirar
Problemas gástricos
Diarreia
Casos graves
Pneumonia
Síndrome respiratório agudo severo
Insuficiência renal

Fatos e boatos sobre o coronavírus

Nas redes sociais, a propagação do Covid-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? Uísque com mel deixa você imune ao vírus? Médico infectologista explica outros mitos e verdades sobre o coronavírus.

Os animais de estimação transmitem o vírus?

Não. Até hoje não existem provas de que os animais domésticos podem ser infectados.

Os secadores de mão são eficazes?

Não. Não matam o vírus. É preciso lavar as mãos frequentemente com álcool em gel ou sabão, e secar muito bem.

Os antibióticos são eficazes?

Não. Não são eficazes contra o vírus, mas podem curar infecções bacterianas secundárias.

A desinfecção por UV mata o vírus?

Não. A desinfecção por radiação ultravioleta não deve ser usada nas mãos ou na pele, pois os raios UV podem provocar irritações.

Para esclarecer mais dúvidas sobre o Covid-19, preparamos um guia com as principais perguntas e respostas relacionadas ao coronavírus, com base em orientações de médicos infectologistas e uma cartilha divulgada pelo Hospital Albert Einstein. Mas os simples atos de lavar as mãos e cobrir a boca ao espirrar são extremamente eficazes para conter a transmissão de vírus.

Período de incubação do Covid-19

O intervalo de tempo entre a infecção por um vírus e a manifestação de sintomas varia conforme o organismo. No caso do Covid-2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o período de incubação é de 14 dias, mas há casos, segundo pesquisadores chineses, que vão de 24 a 27 dias. Os pesquisadores consideram que o período médio de incubação é de cinco dias. Pode ser necessária uma quarentena superior ao intervalo de 14 dias.

Em comparação com outras doenças, o ebola (característico do Oeste da África) tem período de incubação de dois a 21 dias. A Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers-Cov), uma das mais letais surgidas nos últimos anos, tem incubação de 2 a 14 dias. A Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars-Cov) vai de três a 10 dias. O sarampo varia de 10 a 14 dias.

Uso de máscaras de proteção

Item muito procurado durante surtos e epidemais relacionadas a vírus em todo o mundo, as máscaras de proteção nem sempre são eficazes. Nas lojas, a procura pelas máscaras tem deixado prateleiras vazias e até criado lista de esperas pelo produtos em drogarias brasileiras. Mas especialistas advertem que elas não oferecem proteção total. Confira a diferença entre máscara cirúrgica e as máscaras modelo N95 ou FFP2 e suas eficácias na prevenção do coronavírus.

Taxa de mortalidade do novo coronavírus

A taxa de mortalidade do novo coronavírus em relação a outros vírus conhecidos por crises sanitárias em várias regiões do mundo é considerada baixa por especialistas. O Covid-19 tem taxa atual de 2,1% (valor que pode se alterar conforme a evolução do vírus). A letalidade da Sars, da Mers e do ebola são gradualmente muito superiores.

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