Em 18 de novembro, a Agência Nacional de Aviação dos Estados Unidos recebeu o primeiro relato de drones misteriosos nos céus do estado de Nova Jersey. Desde então, novos avistamentos foram reportados ao governo e se acentuaram nas duas últimas semanas. Os drones também foram avistados em Nova York e na Pensilvânia. A questão assusta o povo americano e envolveu até o FBI e a Presidência.
O ufologista Gregory T. Goins descreveu a crise no jornal The Philadelphia Inquirer. “Estes incidentes seguem um padrão preocupante: dezenas de aeronaves, com tamanhos e formatos variados, emitem luzes que persistem por dias ou semanas”, escreveu. Diversos vídeos nas redes sociais mostram os objetos voando e piscando, sobretudo sobre regiões com lagos.
Na quinta-feira (12), a Casa Branca emitiu um comunicado no qual afirma que os drones não apresentam ameaça à segurança nacional. Porém, as autoridades ainda não esclareceram exatamente de onde vieram.
De acordo com o FBI, a organização “continua a mobilizar pessoal e tecnologia para investigar esta situação e confirmar se os voos de drones comunicados são efetivamente drones ou se são, em vez disso, aeronaves tripuladas ou avistamentos imprecisos”.
O governador do estado, Phil Murphy, também disse que os drones parecem não ser uma ameaça à população. Em meio à crise, legisladores estaduais e municipais pedem regras mais rigorosas quanto à pilotagem de aviões não tripulados.
Drones são permitidos em Nova Jersey, mas estão sujeitos às regras da Federação Nacional de Aviação. Os operadores devem ser certificados pela organização.
Teorias quanto à procedência dos drones foram levantadas: poderiam eles serem Fenômenos Anômalos Não Identificados (UAP, na sigla em inglês), provenientes de tecnologia alienígena? Ou seriam então comandados por um outro país, como a China?
No começo da semana, a porta-voz da Presidência, Karine Jean-Pierre, disse que a Casa Branca não descarta a possibilidade de os drones serem provenientes de tecnologia estrangeira. Já o Pentágono afirmou, na quarta-feira (10/12), que as aeronaves não pertencem ao Exército americano.
O que dá a entender é que nem o FBI sabe com o que está lidando, segundo especialistas. “Quando aviões não identificados estão a penetrar nas nossas defesas e a chegar às nossas portas com impunidade, é altura de o Pentágono mostrar as suas cartas. Como cidadãos, merecemos a verdade. E estamos preparados para lidar com ela”, completou Gregory T. Goins.