O que mais os oposicionistas baianos gostariam era de ver o tucano Geraldo Alckmin bombando nas pesquisas. Seria a hora da retomada, já que o PSDB, nas últimas duas décadas e meia, sempre duelou com o PT na disputa pela faixa presidencial.
Mas não deu. Tem o chororô, o lamento pelo grande erro estratégico, ou a grande burrice, como preferem alguns: cassar Dilma.
Ideal, imaginam, seria deixá-la sangrando. Resultado: Temer assumiu com apoio dos tucanos, Aécio Neves à frente, e o resultado é que melou todo mundo.
Orfandade
DEM e SD, aliados dos tucanos, ficaram órfãos. PP e PR, aliados do PT num primeiro momento e de Michel Temer num segundo, também. Por caminhos distintos que deram no mesmo ponto, o fundo do poço. O grupo está até agora, a 79 dias das eleições, atarantado, sem união interna nas respectivas agremiações, acenando com uma decisão, na próxima semana, entre Alckmin e Ciro.
Alckmin, que na sua última visita a Salvador declarou que não é avião para decolar, diz esperar que no correr da campanha vai ganhar a projeção que lhe dê o status de competitivo, mas ainda é uma aposta, nada certo.
É o tipo da situação que favorece Rui Costa. Montado no governo com aliados do PP e do PR, trata a questão federal como secundária. E por isso investe em pequenos partidos da base de Neto. Vai ganhar alguns.
Por Levi Vasconcelos