O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, se reuniu nesta quinta-feira (27) com o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, para discutir ações a serem implementadas pela empresa para combater fake news e desinformação nas eleições deste ano.
Entre as medidas debatidas, segundo o portal UOL, estão o desenvolvimento de um assistente virtual do TSE no WhatsApp para ajudar a Corte na comunicação com eleitores, além de facilitar o acesso a serviços da Justiça Eleitoral, como consulta aos endereços dos locais de votação e até informações sobre candidatos.
Também será criado um canal de denúncias para apontar contas de WhatsApp suspeitas de realizar disparos em massa de mensagens, o que não é permitido nem pela legislação eleitoral, nem pelos termos de serviço do aplicativo.
“Embora algum grau de regulação estatal seja inevitável, o modelo ideal deve partir de medidas concretas e políticas das próprias plataformas”, disse Barroso após a reunião, que classificou como “construtiva”. “O acordo do WhatsApp com o TSE visa justamente proteger a democracia contra comportamentos inautênticos, mas sem restrição indevida ao debate público e à liberdade de expressão.”
O WhatsApp ainda informou que, até o fim das eleições, não lançará novas funcionalidades que possam impactar o uso do aplicativo no Brasil e que vai oferecer cursos de capacitação sobre combate à desinformação para servidores dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais).
Will Cathcart, do WhatsApp, elogiou o trabalho do TSE no combate as fake news, compromisso do qual diz compartilhar.
“O programa de enfrentamento à desinformação do TSE é reconhecido internacionalmente como um exemplo na proteção de processos eleitorais. No WhatsApp, compartilhamos desse compromisso e teremos um engajamento constante e ativo com autoridades, sociedade civil, imprensa e checadores de fatos para trabalharmos juntos no combate à desinformação”, afirmou.
Nós acreditamos em proteger a privacidade das conversas das pessoas e acreditamos em mudanças cuidadosas, como limites para o encaminhamento de mensagens, que desencorajam a desinformação. Nós manteremos as medidas efetivas que tomamos e não estamos planejando nenhuma mudança significativa para o WhatsApp no Brasil durante o período eleitoral.
Will Cathcart, chefe do WhatsApp