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sexta-feira 9 de agosto de 2019 às 06:33h

TSE avalia e propõe ações para modernizar procedimentos das eleições

DESTAQUE, JUSTIÇA


Avaliação do pleito anterior, planejamento da próxima eleição, cadastramento biométrico, recadastramento eleitoral, sessões de julgamento, prestações de contas dos partidos políticos, campanhas educativas, audiências públicas. O trabalho na Justiça Eleitoral é contínuo, e o primeiro semestre de 2019 foi intenso, com a instalação de diversos Grupos de Trabalho (GTs) para analisar, avaliar e modernizar procedimentos.

De olho nas próximas eleições, o relatório do Grupo de Trabalho que debateu propostas de reforma do sistema e legislação eleitorais foi entregue, no dia 10 de junho, ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia. O documento propõe a implantação do sistema eleitoral distrital misto em cidades com mais de 200 mil habitantes já nas Eleições Municipais de 2020. O GT está sob a coordenação do vice-presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.

Outro Grupo instituído pela Presidência do TSE no primeiro semestre analisou procedimentos para viabilizar o cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no Inquérito nº 4435, que reconheceu a competência da Justiça Eleitoral para julgar os crimes comuns conexos com delitos eleitorais. O relatório com as propostas foi entregue para análise à presidente do TSE, ministra Rosa Weber, pelo coordenador do GT, ministro Og Fernandes.

Já o GT para Sistematização das Normas Eleitorais, coordenado pelo ministro Edson Fachin, estuda conflitos normativos na esfera do Direito Eleitoral. Como parte do projeto, foram realizadas quatro edições do evento “Diálogos para a Construção da Sistematização das Normas Eleitorais”, uma nacional, em Brasília, e três regionais, no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP) e em Curitiba (PR). A intenção é que a análise das normas dialogue especialmente com problemas centrais e estratégicos, tendo como referência a atuação da Justiça Eleitoral e as futuras eleições.

Outro Grupo de Trabalho, coordenado pelo secretário-geral da Presidência do TSE, Estêvão Waterloo, estudou e apresentou uma série de propostas para aprimorar procedimentos e sistemas relativos à análise das prestações de contas eleitorais e partidárias, que já estão sendo aplicadas. O trabalho do GT foi destacado pela ministra Rosa Weber na sessão de abertura do segundo semestre forense, realizada no dia 1º de agosto. De acordo com a ministra, a intenção é examinar todos os processos de prestação de contas de 2018 até o fim deste ano.

Combate à desinformação

O tema desinformação também foi analisado por um Grupo de Trabalho específico, coordenado pelo juiz auxiliar da Presidência do TSE Ricardo Fioreze. O GT estudou o conteúdo dos debates ocorridos no Seminário Internacional Fake News e Eleições, promovido pelo Tribunal nos dias 16 e 17 de maio, e examinou o material apresentado na reunião prévia de alinhamento interno, bem como o teor das atas do Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições (Portaria TSE nº 949/2017) e de vídeos gravados pela Assessoria de Comunicação (Ascom) do TSE com especialistas no assunto.

A criação do Grupo foi definida considerando a necessidade de estabelecer estratégias para o tema da desinformação nas Eleições Municipais de 2020, e levando em conta o encerramento das atividades do Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, voltado ao estudo do fenômeno das fake news nas Eleições de 2018, entre outros fatores.

Em outra frente, o Grupo de Trabalho Comunicação, coordenado pela assessora-chefe da Ascom do TSE, Ana Cristina Rosa, já está planejando e aprimorando ações para o pleito do ano que vem, com ênfase na participação ativa dos servidores e colaboradores como agentes multiplicadores no combate à desinformação e à disseminação de notícias falsas nas eleições, e na criação de uma política nacional de comunicação no âmbito da Justiça Eleitoral.

Eleitores e mesários

Focado nas eleições do ano que vem, o Grupo de Trabalho liderado pelo juiz auxiliar da Presidência do TSE Fernando Mello vai definir as regras de negócio e de sistemas para o desenvolvimento e o funcionamento do aplicativo Pardal, ferramenta que possibilita aos eleitores denunciarem infrações durante as campanhas eleitorais, atuando como fiscais da eleição no combate a irregularidades eleitorais.

O TSE criou, ainda, um Grupo de Trabalho para desenvolver estratégias e materiais pedagógicos para capacitar os servidores da Justiça Eleitoral que treinarão os cerca de 2 milhões de mesários que trabalharão nas Eleições Municipais de 2020. O GT é liderado pela secretária de Gestão de Pessoas (SGP) do Tribunal, Thayanne Pirangi Soares.

Outras ações em ano não eleitoral

No primeiro semestre, o TSE também realizou algumas audiências públicas, com destaque para o encontro que discutiu a minuta de resolução que dispõe sobre a filiação partidária, o encaminhamento de dados pelos partidos políticos à Justiça Eleitoral e a instituição do novo Sistema de Filiação Partidária (Filia).

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