Em meio às ameaças do presidente americano, Donald Trump, de não aceitar o resultado das eleições desta terça e de levar o pleito à Justiça, seu adversário, o ex-vice-presidente Joe Biden, afirmou na noite deste domingo que o republicano “não irá roubar a eleição”.
A declaração foi dada por Biden quando o candidato democrata saía de um evento de campanha na Filadélfia, após repórteres pedirem que comentasse uma informação publicada mais cedo pelo portal político Axios de que Trump pretendia se declarar vencedor das eleições se os primeiros resultados da noite o mostrassem à frente.
“Minha resposta é que o presidente não irá roubar esta eleição”, afirmou Biden.
Atrás nas pesquisas, Trump, negou a informação ainda no domingo. O presidente, no entanto, indicou que poderia dar início a batalhas judiciais em torno da apuração de votos recebidos pelo correio após o dia 3 assim que a votação for encerrada.
Sem apresentar provas, Trump alegou que fraude ou manipulação na apuração dos votos poderiam ocorrer em Pensilvânia e Nevada, dois estados-pêndulo governados por democratas.
“É terrível que não possamos saber os resultados na noite da eleição” disse o presidente, criticando decisões da Suprema Corte que permitem a contagem de votos recebidos pelo correio em alguns estados depois de 3 de novembro, dia final da votação, como na Pensilvânia.” Assim que a eleição acabar, na mesma noite, vamos entrar com nossos advogados.
Além das ameaças judiciais, Trump fez uma peregrinação no domingo pelos Estados Unidos, mirando estados onde disputa voto a voto com o democrata. Enquanto Trump maratonou, percorrendo mais de 3.500 quilômetros, Biden, que lidera a média das pesquisas nacionais, concentrou seus esforços na Pensilvânia, outro local chave para a votação.
Nesta segunda, os dois candidatos percorrem o estado, que tem 20 votos no Colégio Eleitoral. Biden já fez comício nesta manhã em Ohio. Já Trump, tem eventos ainda hoje em Carolina do Norte, Wisconsin e Michigan.