Donald Trump entrou em choque com o juiz Arthur Engoron durante a audiência de que participou nesta última segunda-feira (6) em um tribunal de Nova York, informam as agências internacionais.
O ex-presidente dos EUA, que havia chamado o juiz de “tendencioso” e “desagradável” em sua rede Truth Social, criticou-o ao vivo e disse estar sendo perseguido pela corte. Trump também evitou responder a perguntas do procurador-geral Kevin Wallace sobre documentos financeiros antigos.
Irritado, Engoron pediu que os advogados do ex-presidente o “controlassem” e afirmou que a audiência não era um “comício político”.
A audiência faz parte do caso em que Trump é acusado de fraude civil por supostamente inflar o valor das propriedades da família em declarações a bancos e seguradoras, a fim de obter melhores empréstimos.
Durante a sessão, o ex-presidente alegou que sua marca foi um fator determinante para sua eleição à Casa Branca: “O ativo mais valioso [para ganhar as eleições] era o valor da marca. Se você olhar para as empresas, o valor da marca é uma grande parte do valor dos ativos da empresa […]. Tornei-me presidente por causa da minha marca”.
De acordo com as acusações, o valor inflado das propriedades variaria de US$ 812 milhões (R$ 3,9 bilhões) a US$ 2,2 bilhões (R$ 10,7 bilhões). Entre os imóveis citados estão o resort de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, sua cobertura na Trump Tower em Manhattan, além de outros edifícios e campos de golfe em nome do ex-presidente. Donald Jr. e Eric, filhos de Trump, também são mencionados no processo.
Caso seja condenado, Trump poderá ser multado em até US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão na cotação atual).