Os resultados das pesquisas de boca de urna indicam uma vitória do partido conservador União Democrata Cristã (CDU) nas eleições da Alemanha, realizadas neste domingo (23). O resultado foi comemorado por alguns líderes mundiais, especialmente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O CDU faz oposição ao governo atual, liderado por Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD, em alemão). Trump, que não apoia Scholz, celebrou o desempenho dos conservadores e afirmou que “torce por mudanças” na liderança alemã. Em sua rede social, Truth, o presidente norte-americano comentou as prévias e sugeriu que os alemães estão insatisfeitos com a atual administração.
“Parece que o partido conservador na Alemanha ganhou as grandes e muito esperadas eleições. Tal como nos Estados Unidos, o povo alemão cansou-se da agenda sem senso comum, especialmente em matéria de energia e imigração, que prevaleceu durante tantos anos. Este é um grande dia para a Alemanha e para os Estados Unidos sob a liderança de um cavalheiro chamado Donald J. Trump. Parabéns a todos – muitas mais vitórias seguirão”, escreveu Trump.
Eleições
As projeções pré-eleitorais já indicavam o fim da era Scholz na chefia do governo alemão. O que surpreende, no entanto, é o crescimento expressivo da sigla de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que registrou um desempenho recorde desde a Segunda Guerra Mundial.
O pleito legislativo foi antecipado após o colapso da coalizão de três partidos que sustentava o governo de Scholz, em novembro do ano passado.
As primeiras pesquisas de boca de urna apontam que a União Democrata Cristã (CDU), aliada ao seu parceiro bávaro, a União Social Cristã (CSU), foi a legenda mais votada, com cerca de 29% dos votos. O resultado fortalece o líder conservador Friedrich Merz, que agora se posiciona como principal candidato a chanceler federal, substituindo Scholz, cuja popularidade estava em declínio.
Como a Alemanha adota um sistema parlamentarista, o partido vencedor precisa garantir apoio suficiente para formar governo. Para isso, deve alcançar a maioria entre as 630 cadeiras do Bundestag, o Parlamento alemão.