O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta última terça-feira (7) que está considerando congelar as verbas que o governo americano repassa à Organização Mundial da Saúde (OMS) no auge da pandemia do novo coronavírus.
Trump primeiro anunciou que iria congelar as contribuições dos Estados Unidos, mas depois voltou atrás e alegou que estava estudando essa possibilidade.
O presidente americano acusou a OMS de ser “parcial” em favor da China, de ter “falhado” em alertar sobre o coronavírus na época em que os primeiros casos surgiram, e criticou a entidade por repudiar algumas das medidas que o governo dos EUA tomou em relação à pandemia, como a proibição de viagens.
“A OMS estava errada, eles não avisaram a tempo, poderiam ter avisado meses antes. Eles saberiam, eles deveriam saber, eles provavelmente sabiam”, disse Trump em entrevista coletiva sobre o coronavírus.
“Quando eles estão errados sobre cada decisão, não é uma coisa boa”, acrescentou.
Trump ressaltou que os Estados Unidos são o maior doador para a OMS e financiam “a maior parte” da organização.
De acordo com dados da OMS, para o período 2016-2017 os Estados Unidos forneceram 76% das contribuições voluntárias, o que representa mais de três quartos do orçamento da organização sediada em Genebra, na Suíça.
Trump anunciou inicialmente que congelaria esses repasses de uma forma muito “poderosa”, mas, perguntado se esse era o momento mais oportuno para fazê-lo, disse que estava apenas estudando tomar a medida.
Além disso, sem entrar em detalhes sobre a acusação, Trump declarou que as decisões tomadas pela OMS “parecem ser muito tendenciosas em relação à China”.