O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (14), a morte de Hamza bin Laden, o filho do terrorista Osama bin Laden, considerado seu herdeiro à frente da rede Al-Qaeda.
“Hamza bin Laden, o alto responsável da Al-Qaeda e filho de Osama bin Laden, foi abatido em uma operação de contraterrorismo realizada pelos Estados Unidos na região do Afeganistão e Paquistão”, disse Trump em um comunicado.
“A perda de Hamza bin Laden não somente priva a Al-Qaeda de sua autoridade e conexão simbólica com seu pai, assim como também debilita importantes atividades operativas do grupo”, acrescentou. “Hamza bin Laden planejou e trabalhou com diversos grupos terroristas”.
No final de agosto, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, foi a primeira autoridade americana a se expressar publicamente sobre a morte de Hamza bin Laden.
Então questionado sobre o falecimento do líder jihadista, respondeu que “isso foi o que entendi”. Porém, negou-se a fornecer detalhes sobre o ocorrido.
Considerado como o sucessor designado por Osama bin Laden, o fundador da rede terrorista responsável pelos atentados do 11 de setembro, que completaram 18 anos nesta semana, Hamza estava na lista negra americada de pessoas acusadas de “terrorismo”.
Hamza esteve ao lado do pai no Afeganistão, em 2001, antes dos atentados. Ele também chegou a fugir com Osama para o Paquistão, após a invasão dos EUA no Afeganistão ter levado grande parte dos líderes da Al-Qaeda para o país vizinho, de acordo com a Brookings Institution.
Osama foi morto em 2011 em uma operação no Paquistão, quando militares americanos localizaram o seu esconderijo.
O departamento de Estados dos EUA considerou Hamza um terrorista global em 2017, após ele pedir publicamente a seus apoiadores por atos de terrorismo em capitais ocidentais, além de ter ameaçado os EUA de vingança pela morte de Osama.
Em fevereiro deste ano, Washington ofereceu uma recompensa de US$ 1 milhão por qualquer informação sobre o paradeiro de Hamza.
O jovem, que estava na faixa dos 30 anos, perdeu sua nacionalidade saudita em março. Ele era o 15º filho de Osama bin Laden, pai de 20 pessoas.