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segunda-feira 17 de março de 2025 às 14:23h

Trump acusa Irã de estar por trás de ataques Houthis e diz que sofrerão consequências

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou em publicação nas redes sociais nesta segunda-feira (17) o Irã de estar por trás de “centenas de ataques feitas pelos hutis”, rebeldes que controlam parcialmente o Iêmen. Mais cedo, o grupo denunciou novos ataques americanos, que teriam elevado o número de mortos do final de semana para 53, incluindo cinco crianças — outras 98 pessoas teriam ficado feridas.

“Que ninguém se deixe enganar! As centenas de ataques feitos pelos hutis — os mafiosos e bandidos sinistros baseados no Iêmen, que são odiados pelo povo iemenita — são criados pelo Irã. Qualquer ataque ou retaliação adicional dos “hutis” será recebido com grande força, e não há garantia de que essa força pare aí”, escreveu o presidente americano.

“O Irã tem se feito de ‘vítima inocente’ de terroristas desonestos dos quais eles perderam o controle, mas eles não perderam o controle. Eles estão ditando cada movimento, dando-lhes as armas, fornecendo-lhes dinheiro e equipamento militar altamente sofisticado, e até mesmo, a chamada ‘Inteligência’. Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, deste ponto em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o Irã será responsabilizado, e sofrerá as consequências, e essas consequências serão terríveis!”, acrescentou.

A fala de Trump, focada no Irã, se dá em meio a uma pressão por um acordo nuclear, chegando a ter enviado uma carta pedindo que Teerã se envolvesse em negociações. Em 2018, Donald Trump, em seu primeiro mandato, retirou os Estados Unidos do Acordo Nuclear que considerava “o pior acordo já feito na história” e restabeleceu sanções econômicas contra o Irã. Teerã, por sua vez, voltou a enriquecer urânio alegando que os americanos violaram o texto e, portanto, só iriam voltar a cumprir as demandas caso a Casa Branca retirasse as restrições econômicas e cumprisse sua parte.

O grupo rebelde, um dos que são apoiados pelo Irã no Oriente Médio, informou que alvos nas áreas de Al Jaouf e Hudaydah foram atingidos nesta manhã, enquanto o Comando Central dos Estados Unidos comunicou apenas que suas forças continuaram as operações. Autoridades americanas afirmaram que algumas figuras importantes da organização no Iêmen estão entre os mortos.

Washington lançou o que chamou de uma onda “decisiva e poderosa” de ataques aéreos contra alvos dos hutis no sábado 15, como parte dos esforços para impedir sabotagens dos rebeldes iemenitas contra navios americanos e de aliados no Mar Vermelho. A importante rota comercial marítima enfrentou interrupções devido às ações do grupo em apoio aos palestinos em meio à guerra em Gaza.

Escalada à vista

O líder huti Abdul Malik al-Houthi prometeu retaliar contra navios americanos no Mar Vermelho enquanto os Estados Unidos continuassem seus ataques ao Iêmen. Anteriormente, a promessa era de continuar com as sabotagens na rota até que Israel interrompesse o cerco a Gaza. O grupo, que considera Tel Aiv um inimigo, controla a cidade de Sanaa e o noroeste do Iêmen, mas não é o governo internacionalmente reconhecido do país.

“Se eles continuarem com sua agressão, nós continuaremos a escalada”, disse Malik al-Houthi em um discurso televisionado. O braço político do movimento descreveu os ataques americanos como um “crime de guerra”.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Michael Waltz, disse à emissora ABC News que os ataques de sábado “atingiram vários líderes huti e os eliminaram”. À rede conservadora Fox News, ele acrescentou: “Nós apenas os atacamos com força esmagadora e avisamos o Irã de que já chega.”

O secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, prometeu uma campanha de mísseis “implacável” até que os hutis parem de investir contra embarcações no Mar Vermelho. “Esta campanha é sobre liberdade de navegação e restauração da dissuasão”, disse ele em uma entrevista à Fox Business.

Desde novembro de 2023, os hutis atacaram dezenas de navios mercantes com mísseis, drones e pequenos barcos no Mar Vermelho e no Golfo de Áden. Eles afundaram dois navios, apreenderam um terceiro e mataram quatro tripulantes.

Ao anunciar os ataques de sábado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que seu Exército usará “força letal esmagadora até atingirmos nosso objetivo”.

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