Juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiram nesta quinta-feira (21/11) mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Bejamin Netanyahu, e o ex-ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, além do comandante militar do Hamas, Mohammed Deif.
Uma declaração do TPI afirma que um painel pré-julgamento rejeitou as objeções de Israel à jurisdição do tribunal e emitiu mandados contra Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant.
Um mandado também foi emitido contra Mohammed Deif, embora o exército israelense tenha dito que ele foi morto em um ataque aéreo em Gaza em julho.
Os juízes encontraram “motivos razoáveis” de que os três homens têm “responsabilidade criminal” por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante a guerra entre Israel e o Hamas.
Tanto Israel quanto o Hamas rejeitam as alegações.
Caberá aos 124 Estados-membros do TPI — o que não inclui Israel e Estados Unidos — decidir se os mandados devem ou não ser executados.
Em maio, o promotor do TPI Karim Khan solicitou mandados contra Netanyahu, Gallant, Deif e dois outros líderes do Hamas que foram mortos desde então — Ismail Haniyeh e Yahya Sinwar. Embora Israel acredite que Deif também morreu, o painel do TPI disse que não conseguiu confirmar sua morte.
O caso contra eles está dentro do contexto dos eventos de 7 de outubro de 2023, quando homens armados do Hamas atacaram o sul de Israel, matando cerca de 1,2 mil pessoas e sequestrando outras 251, que foram levadas para Gaza.
Israel respondeu ao ataque lançando uma campanha militar para eliminar o Hamas, durante a qual pelo menos 44 mil pessoas foram mortas em Gaza, de acordo com o ministério da saúde do território administrado pelo Hamas.