Em conversas reservadas, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), avalia de acordo com Gerson Camarotti, do g1, que os três deputados da mesa diretora que mudaram de partido devem perder os cargos: o vice-presidente, Marcelo Ramos (PSD-AM, eleito pelo PL); a segunda-secretária, Marília Arraes (Solidariedade-PE, eleita pelo PT); e a terceira-secretária, Rose Modesto (União Brasil-MS, eleita pelo PSDB).
Opositor do presidente Jair Bolsonaro, Marcelo Ramos diz que vem sofrendo pressão do PL para deixar o posto de vice-presidente.
Lira tem dito que o critério deve ser o mesmo para os três parlamentares que mudaram de partido.
Para interlocutores, ele tem lembrado que os deputados foram alertados desse risco quando mudaram de partido, já que o regimento da Casa determina que o cargo na mesa diretora pertence ao partido.
Nessas conversas Lira tem ressaltado que quem troca de legenda perde automaticamente a vaga eleita na mesa e em comissões.
A percepção dele é que, apesar da judicialização no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma liminar (decisão provisória) do ministro Alexandre de Moraes em favor da permanência de Marcelo Ramos como vice-presidente, esse é um caso “interna corporis”.