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quinta-feira 14 de fevereiro de 2019 às 04:26h

TRE suspende análise de contas eleitorais de candidata laranja do PSL

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O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) suspendeu por seis meses a análise de prestação de contas de uma candidata laranja do PSL vinculada ao atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, deputado mais votado em Minas.

A decisão se deu após reportagem publicada pela Folha de S.Paulo que mostrou que Álvaro Antônio patrocinou um esquema de ao menos quatro candidaturas laranjas no estado, que direcionaram verbas públicas de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara.

Parte do dinheiro foi parar oficialmente na conta de quatro companhias que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Jair Bolsonaro.

Em despacho assinado na terça-feira (12), o juiz federal João Batista Ribeiro acolheu um pedido do Ministério Público, para que aguardar investigações antes de se analisar as contas de Débora Gomes.

O mesmo pedido da Procuradoria foi feito para outras três candidatas, mas ainda não houve decisão.

Apesar de figurar entre os 20 candidatos do PSL no país que mais receberam dinheiro público, essas quatro mulheres tiveram desempenho insignificante.

Juntas, receberam pouco mais de 2.000 votos, em um indicativo de candidaturas de fachada, em que há simulação de alguns atos reais de campanha, mas não empenho efetivo na busca de votos.

No pedido de 4 de fevereiro encaminhado ao TRE-MG, o chefe do Ministério Público eleitoral do estado, Angelo Giardini de Oliveira, disse considerar grave as suspeitas, citando a reportagem da Folha de S.Paulo.

A análise de contas foi suspensa por seis meses.

A assessoria do Ministério do Turismo afirmou que Álvaro Antônio desconhece a investigação.

“Caso ela seja aberta, será uma ótima oportunidade de esclarecer os fatos e provar que o ministro sempre agiu estritamente dentro da lei.”

A definição das candidatas se deu por decisão do diretório do PSL em Minas, na época comandado por Álvaro Antônio.

O repasse do dinheiro foi formalizado pela executiva nacional da legenda, comandada à época por Gustavo Bebianno, coordenador da campanha de Jair Bolsonaro e hoje ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

As investigações estão sob os cuidados da Promotoria Eleitoral de Belo Horizonte, reduto eleitoral de Álvaro Antônio.

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