Uma empresa de máquinas agrícolas da Alemanha tem uma proposta ousada: realizar todas as operações mecanizadas da lavoura com apenas um equipamento.
Assim é o Nexat, chamado de “trator de sistema tudo-em-um”, pois pode realizar todas as etapas do trabalho agrícola, do plantio até a colheita.
Máquina que ‘faz tudo’ na lavoura vence prêmio na Alemanha e deve chegar em breve ao Brasil
Nesta edição da Agritechnica, maior feira de tecnologia agrícola do mundo, a máquina venceu o prêmio “DLG Agrifuture Concept”, organizado pela Sociedade Agrícola Alemã, que reconhece as iniciativas que mais contribuem para o futuro da agricultura.
O Nexat é de acordo com Gabriel Azevedo, do Canal Rural, um sistema de produção agrícola que consiste em um veículo transportador intercambiável de grande envergadura, acionado eletricamente.
Em apenas 10 minutos, o produtor rural pode transformar o equipamento de plantadeira em pulverizador, por exemplo.
O Nexat tem dois motores de 550 cv cada, ou seja, tem potência total de 1.100 cv. Esses propulsores, movidos a diesel, alimentam geradores que distribuem a potência para outros quatro motores, localizados nas rodas.
Com um vão livre de 14 metros, a máquina permite acoplar um pulverizador de até 70 metros de comprimento e 2 metros de vão livre. E tem mais: o veículo é autônomo, ou seja, não precisa de operador para trabalhar na lavoura.
‘Trator tudo-em-um’ no Brasil
Segundo Vinicius Marchiori, country manager da Nexat no Brasil, a tecnologia foi criada para diminuir a compactação do solo em até 95% e os custos dos produtores. “Ao invés de usar vários equipamentos para diferentes operações, o produtor pode ter apenas um, reduzindo significativamente os custos de operação”, afirma.
“O sistema é capaz de acoplar qualquer implemento. Temos todas as operações, desde preparo de solo, subsolagem, gradagem, aplicação de calcário, semeadura, colheita. Todas as operações”, diz.
Atualmente, 13 máquinas da Neaxt estão operando pelo mundo, uma delas no Brasil.
“Temos uma unidade em testes em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, mas já temos pedidos comerciais de entrega para o ano que vem”, afirma Marchiori.
Para o futuro, o objetivo é abrir uma indústria da empresa no Sudeste ou no Sul do Brasil. “Nosso objetivo é produzir até 300 unidades por ano na América Latina”, complementa.