A defesa de Sergio Moro reagiu rápido ao movimento da Advocacia-Geral da União, que divulgou nesta quinta trechos da fala de Jair Bolsonaro na reunião denunciada pelo ex-ministro.
“Sergio Moro e seus advogados foram surpreendidos com a petição da AGU, em favor do presidente da República, no inquérito junto ao STF. A transcrição parcial revela disparidade de armas, pois demonstra que a AGU tem acesso ao vídeo, enquanto a defesa não tem”, escreveu Rodrigo Rios.
Segundo a defesa de Moro, “a petição contém transcrições literais de trechos das declarações do Presidente, mas com omissão do contexto e de trechos relevantes para a adequada compreensão do que ocorreu na reunião – inclusive, na parte da “segurança do RJ”, do trecho imediatamente precedente”.
“De todo modo, mesmo o trecho literal, comparado com fatos posteriores, como a demissão do diretor-geral da PF, a troca do superintendente da PF e a exoneração do ministro da Justiça, confirma que as referências diziam respeito à PF e não ao GSI”, diz o advogado.
“A transcrição parcial busca apenas reforçar a tese da defesa do presidente, mas reforça a necessidade urgente de liberação do vídeo na íntegra”, diz a defesa de Moro.