O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, apontou nesta última sexta-feira (12) conforme a AFP, o traficante de drogas uruguaio Sebastián Marset como responsável pelo assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci durante sua lua de mel em uma praia do Caribe colombiano.
“A investigação sobre o assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci, cometido pelo narcotraficante uruguaio Marset em território colombiano, demonstra que o tráfico de drogas deixou de ser um problema bilateral colombiano-norte-americano há muito tempo e, hoje, é uma problema americano e mundial”, indicou no Twitter o presidente de esquerda, que assumiu o cargo em 7 de agosto.
Pecci, de 45 anos, foi baleado em 10 de maio em uma praia da ilha de Barú, próxima da cidade de Cartagena (norte), por matadores em um jet ski.
A justiça da Colômbia condenou quatro assassinos confessos presos pelo crime a 23 anos de prisão, mas ainda não determinou quem foram os autores intelectuais do homicídio.
O presidente colombiano compartilhou na mesma rede social um artigo do portal Rebelion.org que aponta Marset, 31, como o autor intelectual do crime e “fugitivo da justiça uruguaia e paraguaia”.
Segundo a publicação, as primeiras hipóteses do homicídio “apontam contra o clã Insfrán, uma rede de tráfico de cocaína comandada por Miguel Ángel Insfrán Galeano e o uruguaio Sebastián Marset Cabrera”.
A pessoa que está dando novos detalhes no âmbito da investigação é Francisco Luis Correa, um dos detidos que aguarda julgamento enquanto “busca cooperar com a DEA (agência antidrogas) americana e a Procuradoria Geral da Colômbia para evitar sua extradição para os Estados Unidos”, afirmou o portal.
Pecci, especializado em crime organizado, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, havia investigado grupos criminosos brasileiros e também libaneses que atuam com lavagem de dinheiro na Tríplice Fronteira entre Paraguai, Brasil e Argentina.
Ele também esteve à frente de casos de grande repercussão midiática como o sequestro e assassinato da filha do ex-presidente paraguaio Raúl Cubas (1998-1999), em 2005, e do julgamento envolvendo o ex-jogador de futebol Ronaldinho, detido em Assunção por falsificação de documentos.