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Resgate dos dez mineiros presos em uma mina de carvão, em Coahuila, no México, sofre atrasos por causa do volume de água nos poços inundados. REUTERS - LUIS CORTES
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terça-feira 9 de agosto de 2022 às 16:46h

Trabalhadores estão presos em mina há uma semana no México e nível da água em poços inundados atrasa resgate

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As forças de resgate tentarão entrar na mina no norte do México que foi inundada há seis dias com 10 trabalhadores dentro, informou o presidente Andrés Manuel López Obrador nesta terça-feira (9). Cerca de 600 pessoas fazem parte da equipe de resgate. Segundo informações do governo, 25 bombas submersas e seis perfuradoras estão sendo utilizadas para a extração. Desde o dia 3 de agosto, mais de 103 mil metros cúbicos de água, além de dejetos sólidos, já foram retirados.

Em uma conferência de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (9), a Coordenadora Nacional de Proteção Civil, Laura Velásquez, afirmou que ainda não há condições para a entrada das equipes nas galerias inundadas. Segundo ela, imagens geradas por um drone subaquático, que está sendo usado nas operações, mostram que há uma grande quantidade de elementos sólidos que impedem a entrada das equipes.

Duas fossas foram abertas para ajudar no trabalho de extração da água e outras três estão em processo de abertura. “Nosso foco é baixar o nível da água e retirar os obstáculos para que as equipes de resgate e os mergulhadores possam entrar. As informações geradas pelo drone permitem avaliar as condições das galerias inundadas. Os trabalhos de extração vão continuar. Não estamos descansando nem um minuto, trabalhando 24 horas por dia”, informou Laura Velásquez.

Já o presidente López Obrador, que visitou o local, afirmou que a expectativa é que o resgate possa começar, mais tardar, na próxima quinta-feira. “Se os trabalhos seguirem avançando, poderemos entrar. Nossa expectativa é que possamos extrair mais de um metro e meio amanhã”, informou o chefe de Estado.

Familiares esperam um milagre

Já se passaram quase sete dias desde o desabamento ocorrido na mina de carvão artesanal localizada na comunidade de Villa de Agujita, na cidade de Sabinas, no estado de Coahuila. Os trabalhos de escavação atingiram um rio subterrâneo, o que causou a inundação dos poços. Quinze mineiros foram atingidos. Cinco conseguiram escapar, mas dez seguem presos a uma profundidade de 60 metros.

As esperanças de que estejam vivos diminuem a cada hora, já que não foi possível, ainda, nenhum tipo de comunicação com os trabalhadores. Mas, para os familiares que acompanham o resgate, há esperança.

Liliana Torres, sobrinha de Jaime Montelongo, um dos mineiros que continuam na mina de carvão, afirmou que a expectativa em torno do avanço dos trabalhos nas próximas horas é grande. “Nos disseram que os níveis de água estão diminuindo, por isso esperamos que os mergulhadores possam entrar nos poços em breve”, disse em depoimento a uma rádio local.

Já Plutarco Ruiz, sogro de um dos trabalhadores, acredita que eles tiveram tempo de buscar abrigo nas partes altas da mina. “Essa é a última opção de um mineiro quando as saídas dos poços se tapam”, comentou em entrevista a uma emissora de televisão.

Vítimas tem idade entre 22 e 61 anos

Os trabalhadores presos na mina de carvão são José Rogelio Moreno Morales (22 anos), Ramiro Torres Rodríguez (24 anos), Hugo Tijerina Amaya (29 anos), Jorge Luis Martínez Valdez (34 anos), Sergio Gabriel Cruz Gaitán (41 anos), José Rogelio Moreno Leija (42 anos), Mario Alberto Cabriales Uresti (45 anos), José Luis Mireles Argüijo (46 anos), Margarito Rodríguez Palomares (54 anos) e Jaime Montelongo Pérez (61 anos).

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