Os trabalhadores terceirizados de limpeza urbana e coleta de resíduos paralisaram as atividades nesta sexta-feira (29) no município de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano.
Eles cobram melhores condições de trabalho para a categoria e reivindicam a regularização dos salários atrasados que perdura por sete meses. Os profissionais ainda pedem reavaliação no número exorbitante de demissões que aconteceram na empresa Unilimp Soluções Ambientais.
O vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), e a coordenadora-geral do SindlimpBA, Ana Angélica Rabello, ambos defensores dos trabalhadores terceirizados, disseram que a situação em Santo Amaro é complicada e que o sindicato vai acompanhar e cobrar solução da prefeitura local e da própria empresa. “Trabalhadores sem salário, uns recebem outros não, desvio de função, os coletores são obrigados a depois da coleta a terem de voltar para garagem e lavar os carros de lixo. A empresa não vem cumprindo a convenção e, até mesmo, o proprietário quando vai conversar com os trabalhadores traz dois seguranças armados. Os trabalhadores não folgam e não recebem hora extra. Está um absurdo!”, dispara Ana Angélica.
Para Suíca, a situação possui inúmeros agravantes. Ele aponta que a empresa não paga os salários em dia e não fornece alimentação, além de ter demitido sumariamente pais de famílias. “Vamos acompanhar todo o processo e atuar para garantir os direitos dos trabalhadores, não podemos aceitar mais calotes”, frisa o edil.
Segundo os trabalhadores, representados pela coordenadora do SindlimpBa no Recôncavo, Ednalva Viana, uma reunião com a empresa Unilimp deve acontece nesta sexta, às 15h, na sede da empresa no Derba. Ela diz que a empresa descumpre obrigações trabalhistas triviais. “Suportamos tempo demais. Não dá para ver os trabalhadores de Santo Amaro sendo desrespeitados. Peço a compreensão dos moradores da cidade, porque vamos precisar parar as atividades. O caso é urgente, estamos há sete meses com salário atrasado.
A empresa não fornece alimentação aos trabalhadores e ainda demitiu vários santamarenses pais de família para colocar gente de fora da cidade para trabalhar”.