A Toyota Brasil anunciou uma parceria com Shell Brasil, Raízen, Hytron, Universidade de São Paulo (USP), Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) e o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Rio de Janeiro (Senai-CETIQT) para produzir hidrogênio renovável a partir do etanol.
A companhia vai oferecer o Mirai, o primeiro carro de série movido à célula de combustível (reação química entre hidrogênio e oxigênio) para testes da performance do veículo. O investimento no projeto é previsto em de cerca de R$ 50 milhões e também pretende calcular a pegada de carbono do ciclo desde o cultivo da cana-de-açúcar até o consumo do hidrogênio pela célula combustível do veículo.
Em nota, a Toyota afirmou que a tecnologia híbrida-flex é produzida aqui no Brasil nas unidades da empresa de Indaiatuba e Sorocaba (SP), em uma parceria com o Japão, e que o País tem forte vocação para biocombustíveis e para uma futura agenda neutra em carbono. “Agora, com o Mirai abastecido com hidrogênio produzido de uma fonte 100% renovável, como o etanol, o futuro do Brasil pode ser cada vez mais verde”, afirmou o presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang.
O veículo será entregue, ainda neste primeiro semestre, ao Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI) da USP, criado em 2015, com financiamento da Fapesp e da Shell, que desenvolve a pesquisa. Além do Mirai, o hidrogênio renovável vai abastecer três ônibus que circularão na Cidade Universitária da USP.