O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Antônio Dias Toffoli, remeteu a decisão final sobre o processo contra os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, referente ao bunker de R$ 51 milhões, para o relator do caso na Corte, ministro Edson Fachin. Coordenador do plantão do Supremo até segunda-feira passada, Toffoli descartou caráter de urgência para analisar, durante o recesso do Judiciário, as últimas petições apresentadas pela defesa dos réus na ação penal e liberou os autos conclusos para Fachin. Agora, caberá a ele decidir no início de fevereiro se o caso permanece na esfera do STF ou se será remetido à primeira instância, já que Geddel, como ex-ministro, não possui mais foro privilegiado e Lúcio perderá a prerrogativa mês que vem, quando deixará de ser deputado federal.
A estratégia da defesa dos Vieira Lima é levar o caso à primeira instância e evitar que o STF condene, respectivamente, Geddel e Lúcio a 80 anos e 48 anos de prisão, como pede a Procuradoria-Geral da República.