O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que todas as vítimas fatais do desprendimento da rocha do paredão de cânion da lagoa das Furnas, em Capitólio (MG), estavam na mesma embarcação, denominada Jesus. Também estavam nessa lancha os últimos três turistas que permanecem desaparecidos após o acidente. Os outros 17 — de um total de 20 buscados inicialmente — foram encontrados e encaminhados para os hospitais da região.
Assista ao impressionante vídeo do acidente com os corpos voando:
“No momento, temos sete óbitos e três vítimas ainda desaparecidas. Todas elas estavam na lancha de nome Jesus, que foi uma das quatro lanchas impactadas pelo desprendimento da rocha. Das outras três lanchas, todas as vítimas foram resgatadas e conduzidas para unidades hospitalares da região”, contou o tenente Pedro Aihara. A maior parte das vítimas já recebeu alta.
“No momento, o foco é nessas três pessoas que permanecem desaparecidas. O Corpo de Bombeiros manifesta a sua solidariedade e sentimentos a todos os familiares das vítimas que estão enlutados por essa tragédia”, desabafou o militar.
A corporação suspendeu a busca feita por mergulhadores no local, mas afirma que as buscas por informações e via embarcações permanecem. “Devido a condição da visibilidade que fica bastante prejudicada durante a noite, e também pela segurança dos operadores, foi suspensa a operação com mergulhadores. Mas as buscas permanecessem durante toda madrugada”, contou o tenente Pedro Aihara.
As buscas retornaram nas primeiras horas da manhã deste domingo (9). “No raiar do dia, já retomamos a parte com os mergulhadores”, garantiu o tenente.
O acidente ocorreu no início da tarde deste último sábado (8) e atingiu quatro lanchas que estavam próximas ao paredão. Até o momento, sete óbitos foram constatados — três mulheres e quatro homens.
As vítimas fatais não foram identificadas. De acordo com a Defesa Civil, os turistas que não resistiram serão encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Passos (MG), para que seja feito o exame necroscópico para saber a causa da morte. A Defesa Civil acredita que as mortes ocorreram por afogamento ou impacto do rochedo com a embarcação.
As vítimas também terão as digitais coletadas, que serão encaminhadas para o Instituto de Análises e, se necessário, para a Polícia Federal para que as identidades dos corpos sejam descobertos. Mais cedo, o Corpo de Bombeiros afirmou que 40 agentes trabalham no local.
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