Todas as unidades de saúde do Brasil terão conexão com internet até o final deste mês. O anúncio foi feito pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes na quarta-feira (1º), em coletiva, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). O trabalho esta sendo executado em conjunto com o Ministério da Saúde (MS), no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). São mais de 16 mil unidades de saúde identificadas pelo Ministério da Saúde que receberão a conexão. O anúncio foi feito nessa quarta-feira (1º), em coletiva, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
A instalação de pontos de conexão em todas as unidades de saúde foi articulada pela Rede Conectada MCTIC, criada com o objetivo de aprimorar e garantir o funcionamento dos serviços de telecomunicações, radiodifusão e tecnologia da informação durante o período da pandemia. Participam da rede os principais atores desses setores, das esferas pública e privada. Provedores de internet e operadoras de telefonia se comprometeram a conectar todos os pontos até o fim deste mês.
“Essa iniciativa será muito importante para atividades como a telemedicina”, afirmou o ministro. “E a conexão das unidades ficará como legado para o país.” O ministro Marcos Pontes agradeceu o empenho das empresas do setor privado no trabalho rápido em parceria com o MCTIC e o MS e citou ainda o papel da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização social do MCTIC e do programa Gesac para a conexão por satélite em locais remotos.
O ministro Marcos Pontes destacou também os investimentos de R$ 100 milhões em chamadas públicas destinadas a pesquisas e encomendas tecnológicas voltadas para o combate à pandemia, já anunciados anteriormente.
Ciência, Tecnologia e Comunicações
De acordo com o ministro, o MCTIC atua em três frentes: ciência, que ataca a raiz do problema, tecnologia, que ajuda a diminuir os impactos da pandemia, e comunicações, que permitem a rápida coordenação de esforços do governo e da sociedade.
No campo da ciência, os investimentos serão feitos em duas chamadas públicas que serão lançadas nos próximos dias, no valor de R$ 100 milhões. A primeira chamada, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao MCTIC, contará com R$ 30 milhões do MCTIC e mais R$ 20 milhões do MS. Nesta chamada serão contemplados projetos em testes diagnósticos, desenvolvimento de vacinas, testes clínicos, patogênese do vírus e outros projetos relacionados ao Covid-19. O recurso foi liberado para projetos relacionados à saúde, como crédito suplementar pelo Governo Federal, oriundo do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Outra chamada, pela Financiadora de Estudos e Projetos, empresa pública vinculada ao MCTIC, terá o valor de R$ 50 milhões para projetos em uma rede de sequenciamento do material genético do vírus, ligada à Rede Vírus MCTIC, o estudo computacional de moléculas para o tratamento da doença, testes in vitro, inovações em kits de testes e diagnóstico, desenvolvimento de vacinas e projetos de ciências sociais para avaliar o impacto da situação em trabalhadores do sistema de saúde e na população.
No campo de tecnologia e produção, está sendo realizada pesquisa em biorreagentes para a produção de álcool em gel e o aumento da produção de ventiladores em 90 a 120 dias por meio de contatos com cinco grupos de empresas. Além disso, o canal IdearuMCTIC está disponível no site do ministério para o recebimento de projetos e ideias que possa contribuir no enfrentamento dos problemas. Também foi firmado um acordo entre o MCTIC e o Hospital das Forças Armadas para o teste de uma solução de inteligência artificial que irá auxiliar equipes de saúde no acompanhamento de pacientes nos hospitais.
Além das medidas anunciadas na área de comunicações, destaca-se o trabalho realizado pelos Correios, empresa pública do MCTIC, que está realizando apoio logístico na distribuição de amostras do vírus entre as instituições de pesquisa do país. A coleta, transporte e entrega do material obedecem a altos padrões de biossegurança, alcançando os destinos em menos de 20 horas e evitando assim a deterioração das amostras.