O desembargador Jorge Barretto, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), mediou a quarta e última audiência de tentativa de conciliação entre a Arquidiocese de Salvador e a Devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim. Não se chegou a um consenso e, com isso, o processo seguirá o caminho legal previsto. A terceira tentativa havia sido guiada por representantes do Ministério Público da Bahia (MP-BA) no final de maio.
Na semana passada, a Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim parecia ter encontrado um caminho para colocar fim à batalha com a Arquidiocese de Salvador, que já dura 10 meses.
O processo, que está em fase de instrução e tenta resolver conflitos administrativos entre os entes, foi conduzido pelo desembargador para chegar a um acordo entre as partes por meio de conciliação, principalmente por se tratar de um tema tão importante para a cultura baiana, como a religiosidade.
O magistrado ressaltou, para os presentes na audiência, que as tentativas não foram tempo perdido pelo judiciário baiano e que algo muito importante foi iniciado com a ação: o diálogo entre as partes. “Todos nós plantamos, aqui, sementes que vão frutificar, talvez não agora, mas, com certeza, no futuro”, destacou.
Essa iniciativa reforça o Programa de Conciliação no 2º Grau de Jurisdição, em conformidade com as orientações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para fortalecer a Política Judiciária de métodos autocompositivos.?