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sexta-feira 9 de dezembro de 2022 às 18:32h

Tite deixa seleção e planeja período sabático de pelo menos seis meses

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Foram seis anos de trabalho, e Tite se despediu do cargo de técnico da seleção brasileira. O último capítulo dessa história, na Copa do Mundo do Qatar, teve mais uma dolorosa eliminação nas quartas de final, dessa vez diante da Croácia, nas cobranças de pênaltis. As informações são de Gabriel Carneiro, Igor Siqueira, Danilo Lavieri e Pedro Lopes, do UOL.

O ciclo, como eu já tinha colocado, acaba. Existem outros grandes profissionais e não sou um cara de duas palavras. Quem me conhece sabe. Agora sim foi um processo inteiro, antes foi um processo de recuperação. Agora teve sequência inteira. O desempenho vocês fazem a análise de vocês, está aí à mostra”.Confirmando a saída

Tite deixa a seleção com duas eliminações em Copas do Mundo no currículo. Ele também foi campeão da Copa América em 2019 e vice em 2021. O treinador, no geral, não atingiu as previsões promissoras que gerou ao herdar um trabalho cambaleante das mãos de Dunga, em 2016, e ajustar a rota da seleção.

Derrota dolorida, porém em paz comigo mesmo. Fim de ciclo”.

Tite ajustou como meta descansar e tirar um tempo para ficar longe do futebol. Nos últimos anos, ele chefiou uma comissão técnica que dava expediente de segunda a sexta na CBF, estabeleceu uma rotina de avaliações à distância e observações in loco. Por ora, o técnico quer passar um tempo com a família, mais precisamente com a mulher, Rose, com quem é casado há 38 anos.

A saída da seleção representa uma pausa, mas Tite não quer se aposentar aos 61 anos. O UOL apurou que, depois da Copa, o plano a curto prazo é passar o fim de ano no interior do Rio Grande do Sul, como de costume. Tite deve passar uns dez dias por lá e depois terá uma conversa com seu empresário, Gilmar Veloz.

Nada de contratos à mesa, por ora. Será um encontro para discutir os planos para o futuro. Eles trabalham com um cenário de seis meses sem assumir um novo emprego e esperar para decidir qual passo tomar.

Tite nunca escondeu o desejo de trabalhar no futebol europeu. Os seis meses servem para a conclusão da temporada no Velho Continente. Por questões de comunicação, o técnico se vê, a princípio, na Espanha e na Itália — a segunda opção, pelas raízes familiares que levaram os Bachi a ter uma noção da língua.

Tite, no entanto, não fez cursos de idiomas nos últimos anos, sob o argumento de que queria focar apenas na preparação da seleção para a Copa. Nas coletivas recentes no Qatar, arriscou um inglês no máximo para perguntar “What’s your name” (qual o seu nome) a alguns repórteres estrangeiros.

Veloz veio ao Qatar para acompanhar a Copa do Mundo também. Quando surge alguma oportunidade ou foco de mercado para explorar, Tite aponta o destino desejado e Gilmar tenta viabilizar algum negócio.

A chegada à seleção brasileira, no entanto, teve um fluxo diferente, pois foi a CBF quem acionou o treinador, que à época estava no Corinthians. A primeira sondagem foi feita ao filho de Tite, Matheus Bachi, um dos auxiliares do pai nos últimos anos e que esteve ao lado dele ao longo da jornada na seleção.

A saída do cargo após a Copa do Qatar já tinha sido amadurecida nos últimos anos e colocada sobre a mesa de quem comanda a CBF. Agora, técnico e entidade tomam caminhos diferentes.

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